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Caso você esteja acompanhando mais essa presepada, boa leitura
A Dalila , sim, a Rottweiler tinha nome, DALILA, estava tão desesperada que nem fez menção em me morder.
Acho que ela pensou que eu era o Sansão dela (péssima essa, mas eu não podia perder a piada) e o máximo que ela fez foi tentar por o focinho na beira da piscina para tentar sair.
"Alexandre, tenta pegar nas patas dela e colocar na beira da piscina, ela vai conseguir sair sozinha"
Era isso que eu tinha na cabeça.
Eu coloquei as patas dela, ela fez um esforço danado e.... e.... e................
E sabe aqueles desenhos do Coiote e Papa Léguas ou Tom e Jerry ou qualquer outro que o "vilão" da história chega no último degrau da escada e ai vai escorregando, ou o que tenta saltar um precipício e não consegue, mas segura com as mão na beira mas ai não aguenta e cai?
Foi que aconteceu.
A Dalila tentou se mantar mas ela era tão pesada que suas patas não aguentaram e ela foi escorregando, devagar, de-va-gaaaaaarrr, e voltou pra piscina de novo.
"Alexandre, tenta pegar nas patas dela e colocar na beira da piscina, ela vai conseguir sair sozinha"
Esse porra do Antonio não entende nada de salvamento, e sabe de uma coisa, só eu tava tentando algo, porque o Carlão estava AINDA na casa com a mulherada e as crianças e o Antonio?
O Antonio estava na churrasqueira, com uma breja na mão, olhando o movimento.
Sou teimoso, vi que ela não iria me morder, e tentei mais uma, duas, TRÊS vezes e nada, ela não aguentava e pior, ela realmente estava se afogando.
Ela iria morrer ali, na minha frente. MAS ISSO NUNCA.
O meu lado super herói brotou em mim e eu não tive outra escolha, pulei pra dentro da piscina.
Sei lá o que eu ia fazer mas se tem "homens ao mar" eu iria me afogar junto.
Não ia fazer como o "Escretino", o comandante daquele navio da Costa que abandonou o "barco" com medo.
Ela tava lá, tentando nadar, tentando se salvar.
Empurrei a Dalila para a borda, puxei o ar e fiquei embaixo dela.
PARAQUEPARILE, que bicha pesada da peste. Pensei que ia ser fácil eu empurra-la pra cima, que nada.
Eu estava debaixo d´água e peguei as patas de trás dela, tentando fazer uma alavanca, mas ela não teve a sensibilidade de me ajudar e continuava "pedalando" com as patas de trás tentando nadar
Ou seja, eu lá embaixo, prendendo o ar e não consegui segurar as patas dela.
Ela enfiava a pata na minha cara, na minha orelha, nos meus olhos, e quando uma escapava ela caia com a bunda na minha cara.
Não aguentei, subi para respirar, meu rosto meio arranhado devido suas unhas mas eu não iria desistir.
1, 2 3, respira fundo, prende o ar, lá vai eu para debaixo dela novo.
Eu estava com as pernas meio flexionadas para conseguir pegar as patas delas.
Segurei com toda a força, ela com as patas dianteiras já na borda da piscina e como a piscina nem era tão funda eu pensei que se eu ficasse de pé eu poderia levanta-la e "joga-la" para fora da piscina.
Mas ela era realmente pesada, as patas não paravam de se mexer, e a única coisa que eu consegui foi segurar as patas com minhas mãos e com minha cabeça coloquei na bunda dela e ia levanta-la de qualquer jeito.
Eu já estava ficando sem ar quando "peguei o jeito" da coisa e levantei com toda força.
O rabo dela entrou na minha boca, nem sei onde tava minha língua e não quero pensar nisso agora mas como um salva vidas canino eu consegui finalmente tira-la da piscina.
Ela, exausta, saiu andando para fora da casa, acredito que aliviada por não ter passado dessa para uma melhor.
A criançada gritou de felicidade, a mulherada ficou aliviada, o Carlão veio perguntar se eu estava bem e o Antonio.. bom, o Antonio foi buscar mais uma cerveja.
O que mais me deixou chateado é que eu não peguei o telefone da Dalila, email, facebook, nada.
Mas se ela se lembra de mim como eu me lembro dela, eu já fico feliz. Dalila, te amo.
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