Coisas que só acontecem comigo (01/06/2014)

RIU, GOSTOU, CURTIU??? COMPARTILHE


O AR SAIU PELA CULATRA

História saída do forno.
Eu estava voltando de uma cervejada, já sem papas na língua, peguei um ônibus para ir para casa, ônibus pouco lotado, umas 7 ou 8 pessoas no máximo mas nas ultimas cadeiras só havia eu e uma moça.
Depois de passar por uma lombada, a moça vai e me solta um peido.
Sem graça ela me olha, eu não resisti e falei.

- Impressão minha ou você peidou????

Ela não esperava minha resposta e começou a rir, mas riu, mas riu tanto que até chorou. Ficou roxa de vergonha.
Quando ela olhou para mim eu de brincadeira tapei o nariz com os dedos.
Ai que ela não aguentou, riu tanto que ficou até sem ar.
O povo olhando pra trás e ninguém entendia nada.
Acho que ela riu por uns 2 a 3 minutos sem parar.
Na hora que ela parou um pouco para respirar ela olhou pra mim e disse:

- Nossa, me desculpe - e falou ainda rindo - mas não aguentei, perdi até o ar de tanto rir.
- CLARO, TAMBÉM, SOLTOU TUDO PELA BUNDA

Ai foi o golpe fatal, a mina levantou, tava rindo tanto que achei que ela ia ter uma parada cardíaca, deu sinal e desceu no primeiro ponto que o ônibus parou. 
Eu não sei se chamava o SAMU, se descia para ver se ela estava bem ou apenas me fingia de morto, o que seria mais viável já que a mina saiu e o cheiro ficou, junto comigo. Acho que o povo achou que fui eu quem tinha peidado e ela riu disso, porque todo mundo olhava pra mim com ar de nojo. 
Fui zoar com a garota e levei a fama. O ar saiu pela culatra.

O TAXISTA

Estava indo encontrar um amigo que veio da França, e ele ia fazer uma surpresa para mais 2 outros amigos, que não sabiam que ele estava no Brasil
A ideia era eu e ele chegarmos mais cedo e dai os outros 2 chegariam para fazermos a surpresa
Mas eu tava muito atrasado para encontrar o Francês.
O transito era infernal e resolvi sair do ônibus e pegar um taxi, achando que eu ia ganhar tempo.
Entrei n primeiro taxi parado com as portas abertas que vi.
Eu estava na rua Butantã, perto do largo da Batata, em Pinheiros
- O senhor vai para o aeroporto de Guarulhos? - disse o taxista
- Não, preciso apenas ir á Rua Aspicuelta.
- Mas é tão perto, para que um taxi?
- Estou com problema no joelho, não posso andar rápido e estou muito atrasado, tem um amigo meu me esperando num bar.
- Mas eu estou aguardando um cara que vai até o aeroporto de Guarulhos.
- Mas o senhor estava parado com as portas abertas e eu já to no carro, se eu parar para procurar outro taxi vai demorar muito, e enquanto estamos falando o senhor já estaria quase la. em 10 minutos o senhor vai e volta, rapidinho
Ele desistiu e foi, estava um transito do inferno.
No meu do caminho toca meu celular.
- Alo, Alexandre, onde você está?
- Estou no ônibus, chego daqui a pouco.
- Ok, estou indo para la, abraço

O taxista me perguntou porque eu menti para meu amigo. Eu expliquei que o cara que estava no bar não era brasileiro e ia fazer uma surpresa para os demais amigos, e se eu contasse que eu estava num taxi ninguém ia entender porque eu nunca ando com dinheiro e porque eu não tinha lógica eu pegar um taxi que é bem mais caro.

Ele não entendeu e não acreditou muito na história, e estava tão desesperado para chegar, devido o transito e a vontade de voltar e pegar a outra "corrida" ao aeroporto que nem deu muita atenção ao que eu disse.
Após umas ultrapassagens meio arriscadas, um sinal vermelho e alguns xingos chegamos no local, 20 minutos depois.

- O senhor pode dar a volta e parar bem na frente daquele bar?
- Não da, tenho que sair por essa rua para ficar fácil para eu voltar e pegar o outro passageiro, e o bar é a noutra esquina, é só atravessar a rua, deu u R$ 16,00

Eu não tinha dinheiro e queria que ele fosse ao bar para eu achar meu amigo e pedir para ele pagar a corrida

- Mas eu não tenho dinheiro
- Como não tem dinheiro?
- Não tenho, lembra que eu falei que meus amigos iriam achar estranho eu num taxi, porque eu to sempre sem dinheiro? Então, o senhor aceita cartão?
- Vc ta louco, entrar num taxi sem dinheiro? Não, não aceito cartão não.
- Então, se eu falasse que não tenho dinheiro o senhor não me traria, e eu estava muito atrasado
- O que vamos fazer?
- O senhor espera aqui, eu vou rapidinho até o bar e pego a grana com meu amigo é quase certo que está me esperando
- Quase certo?
- Sim, porque como estou atrasado, não sei se ele está la ainda
- Mas você não vai sair desse taxi sem me pagar
- Mas se eu não sair não posso pegar a grana, preciso ir até o bar
- Mas você vai até o bar?
- É rápido, o senhor mesmo falou que é só atravessar a rua
- Você não esta entendendo..

E ele não entendeu nada quando eu deixei ele falando sozinho e sai do carro, aquela conversa não ia dar em nada e eu estava atrasado, consegui atravessar a rua e o farol fechou, o taxista encostou o carro de qualquer jeito na rua, saio do carro e não atravessou porque o farol estava fechando.
Entrei no bar e meu amigo, que eu não via fazia 2 anos pelo menos, já me esperando há uma hora, levanta para me abraçar e eu falo

- Você tem 20 reais?
- 20 reais??
- Sim, depois eu explico, mas preciso pagar o taxi, porque to sem grana e se eu viesse de ônibus não ia chegar nunca
- É aquele que está tentando desesperadamente atravessar a rua com cara de bravo?
- Puta merda, é esse, preciso da grana logo
- Tenho 50 serve?
- Serve, ja volto

Consegui pegar o cara no meio do caminho, me falou um monte, que ia perder a corrida de Guarulhos, que eu era um moleque, que isso e aquilo eu mostrei a grana e falei

-  Ok, cobra 20 entao ao invés de 16
- Porque isso agora?
- É que o senhor teve tanto transtorno por minha causa que achei por bem de dar 4 reais para compensar todo seu prejuízo. Nem preciso falar que o cara me xingou de tudo quanto é nome... mas sai correndo de novo para não apanhar e fui me encontrar com meu amigo que já tinha esperado mais de 1 hora... amigos é pra essas coisas.

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MACACADA

Esta história é simples, estou escrevendo mais porque meus amigos Antonio e Caroline não a conheciam, eu contei para eles e eles falaram: nossa, essa história você nunca contou.
Estive no Ariau Amazon Tower, hotel de Selva, na Amazônia.
Neste hotel existem passarelas que ficam na altura do leito do rio e uma na altura do topo das árvores.
Existem placas nos quartos e outras dependências do hotel que diz: " CUIDADO COM OS MACACOS, ELES FAZEM MAIS ESTRAGOS QUE ELEFANTES".
O que ocorre é que os símios citados não tem respeito nenhum pelo ser humano.
Naquele lugar deveria ter alguma entidade protetora dos homens e punissem esses mal elementos.
Um deles era conhecido como SUNDONW, porque ele pegava os protetores solares do povo que estava na piscina e sumiam com ele, ou com qualquer outra coisa que estivesse dando sopa por ai.
Como uma das passarelas ficavam na altura do topo das árvores era fácil avistar várias espécies de pássaros, bichos preguiças e vários, mas vários macacos saltitantes por ai.
E alguns perderam o medo de nós, seres inocentemente humanos.
E claro, como qualquer turista, o legal era conseguir chegar perto de uns dos animais e tirar foto, filmar etc e porque que eu ia ser diferente.
Chegava um macaco perto e eu queria pega-lo e os funcionários já alertavam.

- Senhor, não chegue perto desses animais, eles são traiçoeiros.

Mas o que um macaquinho poderia fazer de mal?
Depois de eu pegar vários no colo, descobri o que os experts queriam dizer

Um deles estendeu a mão como se quisesse me cumprimentar, e claro, cedi à tentação e dei a mão para ele.
Ele segurou na minha mão, subiu pelo meu braço e ficou no meu pescoço.

- OLHA OLHA, QUE LEGAL, ALGUÉM TIRA UMA FOTO.

Enquanto alguém foi buscar uma máquina um dos funcionários chegou e disse.

- Senhor, procure não fazer movimentos bruscos.
- Porque?? Perguntou aqui no turista imbecil.
- Esse macaco gruda nos turistas e não solta mais.
- Como assim? E com apenas um "certo" receio, tentei tira-lo de cima de mim.

Nesse momento ele enlaça o rabo no meu pescoço e gruda suas mãos no meu cabelo.

- Vixe, ferrou - disse o funcionário.

Peguei o rabo dele tentei tira-lo, mas quanto mais eu tentava mais ele apertava, chegando a me sufocar.

- Senhor, não faça isso, ele vai ficar nervoso e vai apertar cada vez mais seu pescoço.

Logo soltei, tentei me abaixar mas ai ele puxou meu cabelo. Parecia que ele queria me guiar, eu era seu cavalinho de estimação.

- O que eu faço agora??? Disse já "um pouco" apavorado.
- Fique calmo, sente-se nessa cadeira - haviam pequenos bancos de madeira espalhado pelas passarelas - ele vai perceber que ficou sem graça "brincar" ai no seu pescoço e vai embora.

Não funcionou, ao sentar ele ficou irritado e começou a gritar e puxar meu cabelo com força.

- Levanta, levanta, levanta - gritou o funcionário

Não precisava ter pedido, o macaco puxou tanto meu cabelo que levantei na hora.

- O que eu faço?
- Da próxima vez não chegue perto deles
- EU SEI CARAIO, QUERO SABER O QUE FAZER AGORA..
- Fique calmo, se não vai irritar o macaco

IRRITAR O MACACO???

Não ouvi ninguém falando para O MACACO parar com isso porque iria IRRITAR O SER HUMANO.
Esse protecionismo exagerado é que estava me irritando.

- Faça o seguinte, ande devagar, vamos até a piscina.
- Fazer o que la?
- Eles não gostam de água
- Mas então é só jogar água nele
- Não funciona, ele vai se molhar, não vai soltar e vai apertar mais seu pescoço
- Ok ok, onde é a piscina?

A piscina referida era pequena, como se fosse uma grande banheira de fibra de vidro que ficava ali mesmo nas passarelas.
Fui até la, devagar mas ao ver a piscina o gorila ficou agitado.
Sim, gorila, porque naquela altura ele me parecia um monstro.
Comecei a andar mais devagar seguindo as instruções do funcionário.
Como lá era muito quente, andávamos de chileno e bermuda.
Tirei o chinelo e entrei com bermuda e tudo na piscina.

- Vá abaixando devagar até cobrir sua cabeça e com isso tente "afundar" o macaco.

A medida que eu ia descendo ele ia apertando o rabo no meu pescoço e puxando meus cabelos.

Fui alertado a não ir rápido demais porque o filho da p... poderia me machucar.
Ele já me machucou, eu estava com o ego ferido. Ser dominado por um "bichinho" não estava nos meus planos.

Fui abaixando, molhei o forevis, e afundei.
O bicho saiu num pinote e começou a gritar, mas como se estivesse rindo, um sádico ainda por cima.

Não preciso falar que virei a piada do hotel, claro.
Eu passava e alguém gritava: cuidado do com macaco.
Fui tomar banho, claro e ao sair o dito cujo está la fora ainda, me olhando.
E não é que o desgraçado me estendeu a mão de novo.
Fiz aquele sinal característico de quem está com raiva, nunca mais cheguei perto daquele desgraçado.
Ficou uma lição: Nunca estenda a mão para um traiçoeiro, você pode acabar afundando.
Segue a única foto que tenho, mas já da para explicar o que eu quis dizer.



OU MECA, OU PECA


Recentemente estive na Turquia e lá 95% das pessoas são Muçulmanas.
Para quem não sabe, os Muçulmanos rezam 5 x ao dia, e tem toda uma preparação.
Não sei exatamente como é mas eles devem se purificar, lavar o rosto, as mãos, pés, etc, e sempre rezar em direção a Meca, de preferência em Mesquitas, mas não que isso seja obrigatório
Em geral há espaços nas mesquitas separados para homens e mulheres..
Para entrar numa Mesquita é preciso tirar os sapatos e as mulheres precisam cobrir a cabeça, em geral com lenços. Dito isso, leiam o que segue, não foi culpa minha, rs
Numa para de ônibus numa estrada entre a Capadocia e Istambul, nas proximidades da cidade de Izmir, cidade onde consideram que tem mais mulheres bonitas da Turquia.
O ônibus não tinha toalete, eu estava com uma vontade enorme de mijar.
Paramos num restaurante para almoçar e eu fui logo procurar um banheiro.

- Please, where is the bathroom - perguntei para um funcionário da casa
- Ben İngilizce konuşamıyor, patron isteyin

É isso mesmo que você leu, ele disse algo como se fosse BEM INGEZI KNOZAMIOR, PATRON ISTEY, ou algo do gênero, só sei que veio uma outra pessoa dizendo que ele não falava inglês, e que ele era o responsável de la, e me informou que o banheiro TUVALET era no piso inferior

Como é impossível ler algo em Turco, busquei o desenho de HOMEM e MULHER para identificar os toaletes. ACHEI.

Entrei no banheiro, na pia não tinha sabonete e não vi toalhas, molhei as mãos e para ir "na casinha", tinha um ambiente separado, com uma espécie de cortina separando.
Ao entrar vi o banheiro era todo acarpetado, luz baixa, algumas placas na parece com inscrições que eu não entendi e eu já estava com tanta vontade de ir no banheiro que já fui colocando o "menino" pra fora.
Olhei em volta e não achei uma privava nem mictório nem nada

Onde esse pessoal mija aqui, será que é do lado de fora?

Sei la, as culturas são tão diferentes que não da par saber o que está acontecendo, até que.

- ALEXANDRE... ALEXANDRE !!!!!!
- Owwwwwwww, falae, to tentando achar onde mijo aqi
- Caralho mano, você ta querendo mijar dentro da Mesquita?

Como assim Mesquita???

- Isso ai não é o banheiro não, é uma Mesquita, sai dai, se te pegam você ta lascado.

Lascado e capado, porque lavei minhas mãos na água sagrada, pisei com tênis sujo no tapete intocável dos Muçulmanos, botei o pau pra fora na Mesquita???
A única certeza que eu tive naquele momento é que meu pinto estava em direção à Meca.
Botei o pau pra dentro, pedi perdão pra Alah, sai sem mijar mas rezei para nenhum Muçulmano ter me visto daquela forma.
Sei que as culturas são diferentes, mas por falar em CU, eu tava na verdade era com o CU na mão.
Eu fiquei com medo de uma represália divina, sei la, mas Graças a Deus, ou melhor, Graças a Alah, meu pinto está em perfeita ordem, to mijando como nunca.

CÃO QUE LATE NÃO NADA


Em um determinado dia, um amigo meu, Carlos, me chama para passar o Reveillon na cada dele do interior.
Carlos tem um escritório na frente do meu e nosso vizinho, Antônio, também foi chamado.
Nós e nossas respectivas esposas.

O Carlos tem 2 filhas pequenas e naquele momento nem tínhamos tanta amizade já que éramos novos no prédio, e achamos um bom momento para estreitar amizade

- Ale - disse Carlos - é o seguinte, eu compro as comidas, depois a gente racha os valores e lá na hora compramos as brejas.
- Fechado - disse Antonio, e eu concordei

Fomos pela manhã, dia 30.  Íamos ficar uns 3 dias.
A casa era bacana. Térrea
Havia lugar para para uns 3 carros, se me recordo bem, e ao lado direito das vagas tinha a piscina e ao lado da piscina a casa, sala grande, 2 quartos, uma boa cozinha e atras da cozinha tem um acesso para a churrasqueira. Para chegar nessa área há uma pequena escada de uns 3 degraus, e quem está na churrasqueira também da acesso à piscina, descendo outra escada.

Chegamos e o Carlos foi nos mostrar o condomínio fechado, muito bacana também, um belo lago, ótimas casas e na rua do lado passamos por uma que tinha um baita de uma Rottweiler, mas brava, mas brava....

- Cuidado, essa é a cachorra mais violenta do condomínio - disse Carlos.

Nos acomodamos.
O Carlos, sua esposa e filhas num quarto e Eu, Lilian, Antonio e a filha dele em outro.
O Carlos é um excelente cozinheiro e já pensou em começar a preparar o primeiro almoço, mas faltava a cerveja.
Eu e o Antonio estávamos sem um puto e por isso o convite para passar o Reveillon sem gastar estadias foi muito providencial.

- Deixa a mulherada ai cuidando das crianças e vamos comprar cerveja e rojão.
- Rojão? 

Eu olhei para o Antonio com uma cara de estranheza. Ele também não entendeu nada.

- Mas é preciso mesmo, não é bobagem gastar grana com isso? - perguntei.
- Todos aqui compram, e eu já reservei, é só ir e pegar.
- Mas para que rojão?
- Na noite do Reveillon a maioria solta fogos de artifício e preciso comprar e ano passado o vizinho já comprou mais do que a gente, e caso vocês achem meio caro não tem problema, eu acerto sozinho.

Havia alguma rincha com o vizinho, percebemos isso, e estávamos a convite dele, não dividir esse gasto seria algo desagradável.

Fomos até a loja e com o valor dos rojões daria para comprar umas 5 caixas de cerveja. 
Eu queri as cervejas. Mas pagamos. E pegamos umas 6 caixas de cervejas.
E tivemos que voltar lá mas umas 2 vezes porque a bebedeira foi coisa de profissional.
Passamos um dia muito agradável. Churrasco de primeira, jantar fantástico e breja pro bucho.
Dia seguinte o Carlos acorda e já começa a preparar os rojões e para o "esquenta" já soltou alguns.
Ouvíamos vários estouros pela região. Realmente o povo gostava de "competir" um com o outro.
À tarde ele resolveu acender mais um tanto.
Fez uma "fila" com os fogos de artifício e acendeu. 
Mas algo aconteceu de errado, porque parte dos fogos caíram com a boca para a casa do vizinho, o tal da rincha. E só escutávamos os estouros na casa dele.
Se eu não tivesse visto que os rojões realmente caíram sem querer eu acharai que era tentativa de assassinato, rs.
Sorte que ninguém se feriu mas quando se está meio bêbado, qualquer coisa vira motivo de piada.

Escutamos também uns estrondos perto da casa que estávamos, mas com certeza também foi "sem querer".

E o churrasco rolava solto.
O portão da casa estava aberto quando de repente a Rottweiler, com seus 120 kg, aquela que era brava, mas era brava, simplesmente entra em casa.
As crianças na piscina, muito calor, os barulhos infernais dos fogos a assustaram e ela deve ter fugido.
Gritaria da Simone, esposa do Carlos.

- Crianças, crianças, saim da piscina, cuidado com a cachorra. 
E foi uma correria
A Carol também pegou sua filha e a mulherada entrou correndo na casa.
Com o desespero de ver onde estavam as crianças eu me distraí e quando percebi a Rottweiler estava na minha frente..

O Antonio estava na churrasqueira, com uma breja na mão, olhando o movimento.

Ela veio na minha direção. O Carlos logo gritou

- ALEXANDRE, ESSA É A CADELA MAIS VIOLENTA DO CONDOMÍNIO, CUIDADO

E o Antônio estava na churrasqueira, com uma breja na mão, olhando o movimento.

Eu meio apavorado, nem corri. Bom, também não posso correr devido meus joelhos, mas nem deu tempo.
A cabela veio, muito assustada com os rojões e cachorro violento assustado é um perigo.
Ela veio, e veio e.... e foi e foi.
Ela simplesmente passou por mim, como se fosse em direção à casa, mas de repente ela se virou, olhou para mim novamente, mas virou em direção da piscina e atordoada mergulhou, ou melhor, desabou na piscina.
Ela era pesada, seus movimentos para nadar era lento.
Acho que ela devia ter o que? Uns 90, 100 kg.
Ela tentou chegar na borda da piscina mas como a água estava com um nível um pouco baixo, ela não conseguia sair.
O Carlão estava dentro da casa, com a esposa e as meninas, olhando pela janela, já que da janela do quarto dava para ver a piscina.

E o Antonio estava na churrasqueira, com uma breja na mão, olhando o movimento.

Ai eu comecei a ficar desesperado, porque eu percebi que ela não ia conseguir subir. E nisso se passou uns 2 ou 3 minutos. Ela começou a engolir água.
As crianças ficaram apreensivas, mas junto com o Carlos e a mulherada, permaneciam dentro da casa.
Eu tentava pensar numa forma de tirar a cabela de la.

E o Antonio estava na churrasqueira, com uma breja na mão, olhando o movimento.
Foi quando o Antonio teve a "grande" ideia de falar.

- Alexandre, tenta pegar nas patas dela e colocar na beira da piscina, ela vai conseguir sair sozinha.

Era aparentemente uma boa ideia, se eu não estivesse morrendo de medo de pegar na pata e levar uma bela de uma mordida e acabar com minha mão e meu reveillon.
Mas realmente não tinha mais o que fazer, só eu poderia salva-la.

Ela ia até o meio da piscina, e voltava na beira tentando realmente por a pata na borda, mas sem sucesso.
Numa dessas tentativas eu respirei fundo, criei coragem e peguei nas duas patas dela.

A Dalila , sim, a Rottweiler tinha nome, DALILA, estava tão desesperada que nem fez menção em me morder.
Acho que ela pensou que eu era o Sansão dela (péssima essa, mas eu não podia perder a piada) e o máximo que ela fez foi tentar por o focinho na beira da piscina para tentar sair.

"Alexandre, tenta pegar nas patas dela e colocar na beira da piscina, ela vai conseguir sair sozinha"

Era isso que eu tinha na cabeça.

Eu coloquei as patas dela, ela fez um esforço danado e.... e.... e................

E sabe aqueles desenhos do Coiote e Papa Léguas ou Tom e Jerry ou qualquer outro que o "vilão" da história chega no último degrau da escada e ai vai escorregando, ou o que tenta saltar um precipício e não consegue, mas segura com as mão na beira mas ai não aguenta e cai?
Foi que aconteceu.
A Dalila tentou se mantar mas ela era tão pesada que suas patas não aguentaram e ela foi escorregando, devagar, de-va-gaaaaaarrr, e voltou pra piscina de novo.

"Alexandre, tenta pegar nas patas dela e colocar na beira da piscina, ela vai conseguir sair sozinha"

Esse porra do Antonio não entende nada de salvamento, e sabe de uma coisa, só eu tava tentando algo, porque o Carlão estava AINDA na casa com a mulherada e as crianças e o Antonio?

O Antonio estava na churrasqueira, com uma breja na mão, olhando o movimento.

Sou teimoso, vi que ela não iria me morder, e tentei mais uma, duas, TRÊS vezes e nada, ela não aguentava e pior, ela realmente estava se afogando.
Ela iria morrer ali, na minha frente. MAS ISSO NUNCA.
O meu lado super herói brotou em mim e eu não tive outra escolha, pulei pra dentro da piscina.
Sei lá o que eu ia fazer mas se tem "homens ao mar" eu iria me afogar junto.
Não ia fazer como o "Escretino", o comandante daquele navio da Costa que abandonou o "barco" com medo.
Ela tava lá, tentando nadar, tentando se salvar.
Empurrei a Dalila para a borda, puxei o ar e fiquei embaixo dela.
PARAQUEPARILE, que bicha pesada da peste. Pensei que ia ser fácil eu empurra-la pra cima, que nada.
Eu estava debaixo d´água e peguei as patas de trás dela, tentando fazer uma alavanca, mas ela não teve a sensibilidade de me ajudar e continuava "pedalando" com as patas de trás tentando nadar
Ou seja, eu lá embaixo, prendendo o ar e não consegui segurar as patas dela.
Ela enfiava a pata na minha cara, na minha orelha, nos meus olhos, e quando uma escapava ela caia com a bunda na minha cara.
Não aguentei, subi para respirar, meu rosto meio arranhado devido suas unhas mas eu não iria desistir.
1, 2 3, respira fundo, prende o ar, lá vai eu para debaixo dela novo.
Eu estava com as pernas meio flexionadas para conseguir pegar as patas delas.
Segurei com toda a força, ela com as patas dianteiras já na borda da piscina e como a piscina nem era tão funda eu pensei que se eu ficasse de pé eu poderia levanta-la e "joga-la" para fora da piscina.
Mas ela era realmente pesada, as patas não paravam de se mexer, e a única coisa que eu consegui foi segurar as patas com minhas mãos e com minha cabeça coloquei na bunda dela e ia levanta-la de qualquer jeito.
Eu já estava ficando sem ar quando "peguei o jeito" da coisa e levantei com toda força.
O rabo dela entrou na minha boca, nem sei onde tava minha língua e não quero pensar nisso agora mas como um salva vidas canino eu consegui finalmente tira-la da piscina.
Ela, exausta, saiu andando para fora da casa, acredito que aliviada por não ter passado dessa para uma melhor.
A criançada gritou de felicidade, a mulherada ficou aliviada, o Carlão veio perguntar se eu estava bem e o Antonio.. bom, o Antonio foi buscar mais uma cerveja.

O que mais me deixou chateado é que eu não peguei o telefone da Dalila, email, facebook, nada.
Mas se ela se lembra de mim como eu me lembro dela, eu já fico feliz. Dalila, te amo.

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PARADOS EM NOME DA LEI


Toca o interfone do meu apartamento

- Senhor Alexandre?
- Pois não
- Aqui é da portaria, um oficial de justiça está aqui e quer subir no seu apartamento agora, precisamos que o senhor desça na administração com a máxima urgência.

Já dizia o ditado "quem não deve não teme", mas quando vem um oficial de justiça na porta da sua casa e te chama pelo nome, até Jesus Cristo caga nas calças

- Mas do que se trata?
- Ele não quer falar não, disse que é só com você
- Ok, já to descendo

Eu to descendo, mas a comida não desceu mais
Entre o meu apartamento e a portaria são quase 300 metros e nesse percurso eu fiquei imaginando que cagada eu tinha feito.

Será que foi um cliente que está me processando? Não, se não o oficial ia no escritório e não aqui em casa.
Será que foi aquela menina que briguei em Barretos e disse que iria me processar. e de continuidade nisso? Também não, isso faz tempo, mais de 5 anos, nada a ver.
Putz, será o marido daquela mulher que fica pelada na janela e me pegou olhando de binóculo??
Claro que não, cara é muito bundão, nem sabe sabe que a mulher dele se mostra para o condomínio todo.

Chegando na administração do prédio o João, meu camarada e subsíndico do prédio, logo me "alertou".

- Sinhô Alixandri, o rapaz ai queria subi mas eu num deixei, disse que o sinhô é do bem e que não ia fugir só porque o doutô ai estava atrás do sinhô.
- Valeu João, mas do que se trata?
- O senhor é o Alexandre do apto 42 do Bloco Cambuí? - perguntou o oficial de justiça.
- Sim, sou eu.
- Por favor, assine aqui.

E me deu 4 papéis para assinar.

PelamordeDeus, não foi só o vizinho bundão que me processou, ele se juntou com todos os chifrudos do prédio para me ferrar, preciso jogar fora aquele binóculo.

- Mas "amigo", eu não vou assinar nada sem saber do que se trata.
- Infelizmente não posso informar nada sem o senhor assinar
- Olha, eu vou assinar, só preciso saber do que se trata.
- Doutô - interrompeu o João - se ele disse que vai assiná, ele vai assiná, ele é do bem, já disse.
- Valeu João. Então, eu não vou fugir, mas preciso saber do que se trata, só isso

Ele olha pra mim, pensa, pensa e com uma cara de insatisfeito, pega um dos processos.

- O senhor tem um apartamento comprado na planta da Construtora Fortenge?
- Sim, eu tinha, já vendi.
- Bom, não sou eu quem estou falando, eu só entrego a intimação, mas aqui diz que o senhor deve quase 08 parcelas do seu antigo financiamento.

Ele nem me deixou olhar mais, eu tentei  ver o valor e só consegui ver que era algo entre 2006 e 2007 e naquela época eu realmente tinha um financiamento com a Fortenge.

- Muito estranho, porque minha mulher nunca deixaria de pagar alguma coisa, ta realmente muito estranho isso.
- Por falar em sua mulher, o apartamento estava em nome dela também - e realmente estava - e por isso preciso da assinatura dela.
- Mas ela não esta aqui, esta trabalhando - mal sabia ele que meu escritório era do lado do prédio.
- Não tem problema, eu pego o meu carro e vou com o senhor agora mesmo pegar a assinatura dela.
- Não posso invadir o escritório dela desse jeito - mentira cabeluda porque minha esposa, Lilian, trabalha comigo no meu escritório - mas eu vou ligar para ela agora mesmo e checar essa informação.

E enquanto eu pegava no telefone para ligar para a Lilian, ele fez um comentário que mudou o rumo da conversa.

- E aproveita e fala para a senhora Renata que se ela não assinar tenho ordem de não deixar o senhor até que eu consiga acha-la.

Renata???

Eu deligo o telefone, que na verdade nem chegou a completar a chamada.

- Posso te pedir um favor? - eu disse
- Sim, o que seria?
- Posso pagar a dívida agora?

O cara me olha como se não acreditasse no que estava ouvindo.

- O senhor quer o que?
- Pagar a dívida, apenas isso.
- Como assim, pagar a dívida?
- É que minha mulher se chama Lilian e não Renata, se ela descobrir que eu tenho um apartamento com essa tal de Renata, e ainda por cima que não paguei as parcelas ela me mata e entre brigar com ela ou com a justiça, tenho mais medo dela, por isso prefiro pagar uma dívida que não é minha e manter meu casamento, porque até eu explicar para ela o que está havendo eu serei um homem morto
- Mas o senhor não é o Alexandre Pedrosa?
- Não senhor, sou o Alexandre Crespo Perazzetta, o senhor nem fez questão de checar meu sobrenome e já estava pedindo para eu assinar sem conferir se o senhor estava falando com a pessoa certa, é isso?

(TRUUUCOO LADRÃAAOOO)

- E Renata não é sua esposa?
- Se o senhor repetir isso mais uma vez ai quem vai processa-lo é minha mulher.
- Eu num disse pro sinhô que o Alixandri era um cara do bem???  -Disse o João todo empolgado

(SEEEISSS MARRECCCO)

- Então deve estar havendo alguma confusão.

Ai caiu a ficha pra mim.

- Sim, claro que o SENHOR esta fazendo confusão, até porque se eu já vendi meu apartamento  era porque não tinha dívida, não se pode vender apartamentos com pendências financeiras.
- Mas se o senhor vendeu, como mora nele ainda?
- Não moro "nele, meu amigo", esse que estou hoje é alugado, sou o inquilino.

(NOOOOVEEEE TROUXAAAAA)

- Então realmente houve um equivoco e só posso te pedir desculpas.
- E eu o aconselho da próxima vez  a checar nome e sobrenome antes de pedir para alguém assinar uma intimação que nem caberia a essa pessoa porque acredito que se o senhor "só veio para entregar a intimação", pelo menos o SEU serviço o senhor deveria fazer direito

(DOOOZEEE FÉLADAPUTA, ZAPE NA TESTA)

- Realmente me desculpe, foi uma coincidência muito grande o senhor ter o mesmo nome do proprietário.
- Mas o dono do apartamento que estou não se chama Alexandre, e nem Renata, ele é da Vanessa.
- Bom, ai já não é mais comigo, vou relatar o que aconteceu e pronto, passe bem

Virou as costas e foi embora.

Passe bem o c# da sua mãe, perdi meu almoço, quase perco meu casamento e vem com esse passe bem, vai te catar.

- Eu num disse que o Alixandri era gente fina??? - Gritou o João para o oficial de justiça escutar
- Valeuuu João..

E sai também.
Chegando no meu escritório contei o caso para minha esposa e ligamos para a proprietária do apto.
Vai que esse Alexandre é realmente o dono e não sabíamos. E se ele deve mesmo, vamos ser despejados???
A dona alega não conhecer nenhum Alexandre e Renata e ligou para a Fortenge.
Descobriu que o caso era do apto 12 e não 42 e algum analfabeto com um garrancho deve ter feito merda e na hora de mandarem a intimação veio no apartamento errado. De quem? Meu, é claro, porque tem coisas que só acontecem comigo.

Fora o susto só ficou uma alegria: não precisei jogar meu binóculo fora e a mulher do bundão vai continuar fazendo seu showzinho sem ele ficar enchendo o saco da vizinhança;

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RAIO "X " COM ENEMA OPACO

Essa é uma das histórias mais humilhantes da minha vida, rs
Tudo começou quando eu tive dores nas costas, na região da lombar
Fui no ortopedista, ele me pediu um Raio X e não deu nada.
Me receitou um relaxante muscular e nada da dor incômoda passar.
Ele então me sugeriu que eu fosse num Gastro. Foi o que eu fiz
O doutor me pediu uma ULTRASSONOGRAFIA
Nada.
E a dor, mais para o lado esquerdo, meio atrás das costas, me incomodava, como se fosse alguém me apertando por dentro.

- Pode ser intestino - disse o especialista

E me solicitou uma série de exames como URINA, FEZES, SANGUE..
Se o problema é provavelmente no intestino porque tenho que fazer exame de urina e sangue?
É horrível isso, tenho certa dificuldades com esses exames
O de urina por exemplo.
Antes de dormir tenho que beber sei la quantos litros de água, ai no meio da noite da aquela vontade de ir ao banheiro mas tem hora certa para você coletar "o produto".
E fico na dúvida
4 horas da matina já é pela manhã?
Posso mijar as 4 e depois coletar a urina as 8, que é a hora que eu acordo?
E se eu acordar a meia dia de um sábado, é PELA MANHÃ ou ai já não vale mais?

Eu entro num dilema danado com essa história de PRIMEIRO JATO DA MANHÃ.

E não sei as mulheres mas todo mundo acha que por termos uma "mira" é mais fácil para a gente coletar a urina. É nada.
Ainda mais quando o pessoal pede o primeiro jato da manhã.
Imagina a cena. Eu acabo de acordar, nem to conseguindo pensar direito, vou até o banheiro, ponho o "menino" pra fora, miro a privada e mijo, e,

- PATAQUETIPARILE, esqueci de mijar no potinho.

Tento parar de mijar, faço aquela força para segurar o restante, corro atrás do pote que ainda está no bendito saquinho plástico.

- CADE O BENDITO POTE MEU DEUS DO CÉU???

Está mo bolso da frente da calça que eu coloquei pra lavar, só percebo isso depois de 10 minutos e minha bexiga já esta doendo.
Vou para o banheiro, miro, parte vai pra dentro do pote, parte vai parar nos meus dedos, porque com o fato de eu ter segurado o jato sai mais forte do que eu imaginava.
Na dúvida ligo para o laboratório

- Ola, eu tinha que fazer um exame de urina mas parte do primeiro jato, o PRIMEIRÃO, eu não coloquei no pote, só a segunda parte do primeiro jato, serve?
- Senhor, não existe segunda parte do primeiro jato, não serve, tem que ser o PRIMEIRO jato.

Jato para cá, jato pra la, parece que estou falando com alguém que trabalha num aeroporto

- O que eu faço então?
- O senhor tem que coletar o PRIMEIRO JATO da manhã (não aguento mais ouvir PRIMEIRO JATO DA MANHÃ)
- Ta, ok, então tenho que esperar até amanhã é isso?
- Sim senhor, e como esse pote já foi contaminado, o senhor teria que retirar outro kit conosco.

Como CONTAMINADO, o que ela pensa que meu xixi é??? Resíduo nuclear???

E toca eu sair de casa para pegar outro KIT MIJO, só eu mesmo.
Ai bebe mais 50 mil litros de água.
Para evitar qualquer outro transtorno eu coloco o pote já fora do saco plástico em cima da tampa da privada, ai não tenho como esquecer.
Acordo as 5 da manhã com vontade de mijar, olho pra a fora e ta tudo escuro.
Bendito horário de verão, se não fosse isso já seria de manhã.
E vou dormir mais um pouco, pego no sono as 5:15 hs e acordo as  5:18 hs
Não da para dormir com vontade de mijar.
Percebo os primeiros raios de sol e PRONTO, JÁ É DE MANHÃ.
Saco o dito cujo, seguro firme, ponho o pote na direção certa, bem retinho...

Não, melhor chegar mais perto, se eu mijar assim de longe pode acontecer de eu errar o alvo e ai perco o PRIMEIRO JATO DA MANHÃ

Coloco o pote mais perto, nessa hora o pinto fica tímido e não consigo mijar, que saco.
Respiro fundo, o braço começa a cansar, afinal ainda to meio sonolento, e como minha mão treme preciso parar e me concentrar.
Cacete, como é difícil fazer isso.

Vamos lá, pego o pote, aproximo do bilauzinho, que nessa hora ta bem INHO mesmo, respiro e...
E solto um jato com a velocidade da luz, a porcaria do pote ta tão perto do pinto que o mijo bate e volta.
Pelamor, quem teve a ideia estúpida de fazer um pote de 5 centímetros para coletarr urina?

O mijo vaza tudo, mas eu acho que parte do primeiro jato está la dento ainda.
"não existe parte do primeiro jato" - fez questão de lembrar meu cérebro.

Mas como o pessoal vai saber? Pela cor pelo cheiro? Sei la, vai assim mesmo.
E eu levo o exame para o laboratório.
Aproveito e faço o exame de sangue, simples, fecho os outros, a enfermeira põe a agulha, tira umas 5 ampolas de sangue, pronto, feito.

Nossa, como essas enfermeiras fazem tudo parecer fácil, elas poderiam me ajudar no exame de urina da próxima vez.

Eu e meus pensamentos pecaminosos.

O senhor trouxe as fezes?
Trouxe sim, está aqui na minha bunda, a senhora quer agora?
Meu deu vontade de responder isso
- Putz, esqueci
- Não tem problema, traga depois, pegue o kit e siga as instruções.

Seguir as instruções? Será que tenho que pegar a primeira bosta da manhã?
Ela vai me ensinar a cagar agora?
Mijar no horário certo já é complicado, imagina cagar com hora marcada?

- Basta o senhor colocar as fezes nesse recipiente e guardar na geladeira e nos traga no máximo 24 horas depois do senhor ter feito a coleta.

Menos mal, não tenho que cagar na hora que eles querem, mas guardar na geladeira?
E se eu esqueço que é merda e acho que é chocolate? Sou meio pancada, mas que bom que não gosto de chocolate.

E uma coisa percebi, coletar fezes é muuuuuuuuuuito pior que urina.
E começa mais um transtorno pra mim.
***
Aconselho a quem tem nojinho ou estômago fraco a não continuar lendo, apesar que estamos falando apenas de um exames de fezes. E se você não fez, vai fazer, mais ou cedo ou mais tarde vai fazer.
O problema é que quem me conhece sabe que o que é simples para os outros, fica realmente um transtorno pra mim, algo como MISSÃO IMPOSSÍVEL

Peguei o bendito frasco ai fiquei imaginando como coletar as fezes.
Fezes não é algo que você pode ajudar a "fabrica-la".
Não é como urina que você se entope de água e em 1 hora, 2 horas no máximo você já pode coletar
E se der errado ai basta beber mais 2 litros e pronto.
Você não pode sair comento a torto e a direita, até porque diarreia não ajuda em nada nesses casos.

E o momento chegou, aquela vontade de ir ao banheiro, e minha primeira ideia genial foi simples, colocar um jornal entre o vaso sanitário e a tampa da bacia, ai a tampa seguraria o jornal.
Tentei sentar na bacia mas percebi que distância entre minha bunda e o jornal era muito pequena

- Não vai funcionar - Meu cérebro até tenta me ajudar, mas nem sempre eu dou ouvidos a ele

Resolvi cagar meio que de pé, mas eu teria que me afastar para trás para não errar o alvo.
E como já tenho problemas no joelho, ficar meio agachado era complicado, porque doía tudo.
Mas fui la, coloquei a mão na parede para não desequilibrar e.. e... e nada, impossível se concentrar desse jeito, trava tudo, eu meio de que pé, meio que agachado, mal posicionado.

Resolvi esperar mais um pouco para poder ficar com muuuuuuuita vontade
Fui comer umas bolachas de aveia, sucrilhos, e algo que eu sabia que poderia ajudar na digestão.
Umas horinhas depois eu voltei ao local do martírio.
O jornal no local, entre o vaso e a tampa, joelhos meio agachados, não não, já sei, vou abrir bem as pernas e coloca-las envolta do vaso, assim eu fico bem no meio.
Não funcionou, as pernas ficaram muito abertas, voltemos para a posição inicial.
Como meu banheiro é pequeno, coloquei a mão esquerda na parede, a direito na pia e me apoiei para ficar o mais centralizado possível.
Fecha os olhos, faz força, se concentra e lá vai a remssa

- PUTAQUEOPARIO, QUE MERDA...

Foi o que eu gritei na hora que o pedaço de bosta caiu e levou jornal e tudo para dentro da privada
A força G (acho que é de caGada), era superior ao atrito do jornal com a tampa da privada e a bosta levou o jornal com tudo. Que saco, agora se eu puxar a descarga vou entupir tudo.
As pontas do jornal ainda estavam pra fora, o meio todo molhado e com o cocô em cima.
Peguei com cuidado a ponta do jornal, dei aquela saculejada para tirar o produto perecível e, e, e onde eu ponho isso me Deus do céu. Deixei tudo la e fui a busca de um saco plastico.
Só tinha a de supermercado, que não são grandes.

- Onde foram parar aqueles sacos pretos enormes que minha mãe sempre tinha em casa?

Não existem mais, sumiram da face da terra.
Peguei o saco, puxei o jornal, e com aquele escovão de limpar privada eu enfiei tudo para dentro do saco (quem já leu minhas outras histórias sabe que tenho um certo trauma de escovão, se não leio, leia, rs).

E tudo isso acontecendo e eu segurando a vontade de ir ao banheiro, já que parei no meio para resolver a cagada que eu tinha feito, literalmente.

Após dado um jeito em tudo, peguei outro jornal, agora seria pra valer, coloquei na mesma posição, mas eu resolvi subir na tampa, ai nada faria o jornal cair novamente.
Alguns minutos depois para eu poder me concentrar e la vai eu para a segunda tentativa

- QUE BOSTA, QUE BOSTA, QUE BOSTA.

É isso mesmo, que bosta? Aonde está a bosta??????

Ela simplesmente foi com tudo e vazou o jornal, o jornal agora ficou fixo mas uma folha só era pouco, e ele rasgou, que cacete meu.
E eu só tinha, pelos meus cálculos, mas uma tentativa só, se não só no outro dia
Segurei o resto que havia dentro de mim, peguei umas 5 folhas de jornal que eu guardo para por na gaiola do papagaio e fiz de novo a mesma coisa, mas agora a vontade não vinha mais..

Horas e horas depois, sei la quanto tempo fui eu para a terceira e ultima tentativa, que humilhante é fazer exame de fezes, mas agora virou questão de honra.

Colocados todos os jornais possíveis resolvi me agachar o máximo que eu conseguia para diminuir a distância do, do, do.. bom, vocês sabem, do "PIIII"  para o jornal.
E la fui eu, esbugalhando os olhos com a força e finalmente funcionou, o bicho estava la, no jornal.
Comemorei com uma criança, até a hora que eu desci da tampa e o jornal foi escorregando va-ga-ro-sa-men-te para o fundo da privada, já que o que o sustentava era exatamente o peso do meu corpo.
Mas como haviam muitos jornais ele não afundou de cara, consegui resgata-lo, coloquei o jornal meio molhado com o "elemento" em cima, dentro do box do banheiro, peguei o pote coletor e com umpedaço de madeira que achei jogado sei la aonde eu consegui colocar o treco dentro do treco.

Ufa, fui no laboratório, deixei tudo la, dias depois fui pegar o resultado e levei ao médico
O doutor olha tudo, mais outros exames que eu havia feito e chegou a conclusão de que eu precisaria fazer mais um exame, só mais um, um tal de RAIO X COM ENEMA OPACO.

Nessa hora eu mal sabia que ia passar por uma das situações mais inusitadas que eu teria na vida...

********************

Atualizado em 07/01/2014

Liguei para uns 4 laboratórios mas ninguém fazia esse exame.
Alguns nem sabiam que ele existia. Achei apenas no Hospital Santa Cruz.
Aquela velha história de ficar em jejum total, de comida e água.
Quando num exame te falarem que você não pode comer nem beber, uma dica, vão colocar algo na sua boca no na sua bunda, pode escrever.
Marquei o primeiro horário, cheguei la e me atenderam com um olhar estranho, como se já soubessem o que ia acontecer comigo, E SABIAM, filhos da mãe, com aquele sorrisinho maroto no canto da boca.
Veio a enfermeira, e no meu caso nunca é aquela bonitona dos filmes.
Me deu um KIT.
Vá a merda esses kits, sempre que recebo um me ferro .
Ele continha uma "meia", algo parecido com uma toca mas para os pés, o mesmo que o povo entregava (ou entrega não sei) para a gente usar quando vamos no boliche, um avental e só.
Ela disse
- O senhor tira toda a roupa, coloca o avental e põe a "meia"

O avental era daqueles abertos de um lado, eu, todo gostosão, coloquei a abertura para frente.
Ela voltou e olhou para aquela abertura.

Nossa, ela ta impressionada com meu físico - pensei eu

Nada, ela tava era rindo por dentro
- Senhor, o senhor colocou o avental do lado errado, a abertura é para trás

Lição do dia, se uma mulher pede para você tirar toda a roupa, ou vão fazer uma chupeta ou vai enfiar um treco no seu rabo. Ela não tava lá pra fazer chupeta

- Ok, vou inverter.

Feito isso a tal senhora me direcionou para uma sala de Raio X,
Pediu para eu deitar, e disse: siga as instruções da voz;

Voz, que voz? Da onde vem essa voz? De quem é essa voz? 

Já comecei a desconfiar.
Uma voz "do além" que veio de algum lugar do teto, sei la de onde, disse

- Por favor, vamos começar o Raio X, não se mexa.

E uma máquina acima de mim começou a se mexer e fazia um barulho como se fosse uma foto, um Raio X até ai normal

Pra que tanta coisa só para um Raio X??

Feito algumas fotos, comigo de barriga pra cima, entra de novo a enfermeira.

- O senhor pode virar de lado por favor
- Claro  - e virei olhando para ela
- Do outro lado senhor, com as costas para mim.

Pronto, acho que a hora de enviar algo na minha bunda chegou, que merda
Ela tinha um pote na mão. Chilocaina.

- Vou colocar a chilocaina no senhor, é meio gelado, mas não se preocupe, vou introduzir um pequeno cano no seu reto mas não dói nada.

Lição 2 = existem algumas mentiras na vida, exemplos
O  cara pede para você sentar, e diz que não vai demorar nada. MENTIRA
Alguém para em alguma vaga para deficiente e diz que vai ser rapidinho. MENTIRA
Uma enfermeira manda você virar de lado, vem com um pote de chilocaina, diz que vai enfiar um cano no seu cú e diz que não vai doer nada. MEEEENNTIIIIRAAAAAAAAAAAA

Se não fosse doer nada, PRA QUE A PORRA DA CHILOCAINA, ME CONTA?

E a partir daquele momento eu sofri, e como sofri.
**************
ATUALIZADO EM 09/01/2014 - PENÚLTIMA PARTE

A senhora introduz o tal cano no orifício que foi feito apenas como porta de saída, se entra, nunca vai entrar com naturalidade, se não sexo anal não seria esse tabu que é.

- Moça, para que esse tubo, que mal lhe pergunte.afinal a bunda minha, gostaria de saber o que você está colocando nela.
- É um contraste.
- Sim, mas para que serve?
- O doutor vai te instruir pelo auto falante ok?

Essa vaca deveria estar sendo paga para enfiar coisas no cú da gente e não para conversar.

Senti um liquido entrando pelo reto e eu tava ficando meio torto.

- O senhor pode deitar de costas?
- Claro, assim que a senhora tirar o tubo dai
- Não vou tirar, o exame é feito com ele assim mesmo
- Mas...

E não deu tempo de perguntar, ela me puxou e me fez deixar de costas com aquele treco enfiado
Tive que jogar a bacia um pouco pra cima porque não estava na cômodo aquela posição.

- Agora siga as instruções do médico - ela disse e saiu.

Esse médico é outro filho da puta, porque não vem falar na cara que precisa enfiar um treco na bunda?
Porque fica lá escondido, no mínimo um lugar com vidro ante bala, porque a vontade era dar um piteco na cara do desgraçado

- "Favor segurar nas hastes laterais" - soou a voz do além
- Que haste?  - eu perguntei sei la para quem

Mas não precisou ninguém me responder.
O doutor filho da égua não deve ter Play Station em casa, porque a cama começo a se mexer e para eu não cair eu encontrei a tal haste e segurei.
Ele devia estar com um Joystick e apostando com algum outro imbecil quanto tempo iam me derrubar da mesa, como se fosse uma tourada, ele cuidando do touro mecânico e eu o palhaço da vez

- "Terei que movimentar a mesa para que o contraste percorra todo o intestino, para que possamos fazer os Raio X"

PORQUE NÃO AVISOU ANTES CARAALHOOO, e nessa hora eu já estava quase de ponta cabeça, com o bigolinho sendo jogado de um lado para outro.

Para que essa roupa se o cara mexe tanto a mesa que fico aqui pelado com um treco no rabo pra todo mundo ver? Demagogia da porra isso ai

Pior, tinha uma TV ao meu lado que eu só tinha reparado nessa hora, uma tela onde mostrava meu intestino, como se eu estivesse vendo exatamente o que o médico via. E o intestino tem tanta dobra, mas tem tanta dobra que o cara teria que ficar 5 horas me virando de tudo quanto é lado para que o liquido percorra todo seu comprimento.

Mas porque que eu tenho que ficar com o treco na bunda?

Pra que fui pensar nisso

- "Agora o senhor vai sentir uma sensação meio incômoda"

Eu quase de ponta cabeça, virando de um lado para outro e nesse momento o cara deve ter aberto alguma torneira la porque veio mais um jato de contraste.

Meio incômoda porque não é o forevis dele que ta aqui, fdp.

E jogando mais contraste ele volta a mexer na mesa, me virando para o outro lado, me colocando inclusive de pé, mas ai senti uma certa "gosma", descer pela minha perna. E o médico viu isso

- "Senhor, favor contrair o ânus para que o contraste não saia, evitando termos que recomeçar o processo".

O QUE???? O treco enfiado e eu ainda tendo que fazer força para o liquido não sair??? Nem a pau.
E mais um pouco de gosminha saiu do meu buraco de fazer cocô.

- "Senhor, por favor, contraia o ânus..."

JÁ ENTENDI, JÁ ENTENDI, e comecei a fazer força

Umas 3 ou 4 esguichadas mais tarde ele trava a mesa na posição horizontal e vem a máquina fazer o primeiro Raio X

- "Favor segurar nas hastes"

DE NOVO CARALHO, LARGA ESSA MERDA DE JOYSTICK PELAMORDEDEUS

E não adiantou implorar, a mesa começa a mexer
Para comigo de lado, bingulin caído, coitado, e mais um CLICK e

- "Favor segurar na haste"

Cara, não vou soltar essa bagaça nunca mais, pode deixar
E ele me vira do outro lado, mais um Click
E outra vez a haste e ele me coloca de pé
Taca eu abraçar o cano com minha bunda de novo "contraia  o ânus" - já sei já sei.
E isso durou uns 15 enormes minutos.
A mesa voltou à posição normal, respirei fundo
Acabou, graças a Deus
A enfermeira entra

- Senhor, o senhor pode virar de lado novamente
- Claro, não aguento mais o cano ai, pode tirar
- Então, preciso te falar que tenho mais um procedimento a fazer e agora o senhor vai ter que aguentar um pouco pois o que eu preciso fazer não é muito agradável.

PERAE PERAE PERAE, que papo de AGORA NÃO VAI SER AGRADÁVEL???

Não, porque até agora eu tava o que, me divertindo? Alguém ai viu em algum momento eu dando risada?
***************
ATUALIZADO EM 19/01/2014 - FIM
- O que a senhora vai fazer, meu pai do céu?
- Tenho que introduzir esse pequeno cano para colocar ar no intestino.
- Ar, como assim ar?
- Basta seguir as instruções do médico

E mais uma vez a senhora Houdini some da sala

- "Vamos injetar um pouco de ar, talvez o senhor tenha uma sensação um pouco incômoda"

Um pouco? Senti um ar entrando pelas minhas entranhas, e eu parecia uma bexiga de aniversário.

- "Favor seguras as hastes"

Meu Deus, de novo?
E a mesa começa a virar, de um lado pra outro, e algo estranho acontece.
O pior é que o médico também escutou

- "Senhor, como estamos injetando ar em seu intestino, se o senhor não "segura-lo", o procedimento não funcionará"

O que esse cara que eu eu faça?

- "O senhor poderia contrair o...."

Já sei, já sei, toca eu com 2 trecos na bunda contrair o fiofó para o líquido e agora o ar não saírem, mas não da, de vez em quando o pum era inevitável.
E a mesa continuava virando, pra cá, pra la, e o Raio X comendo solto.
Uma hora tudo para, eu apertando com a bunda aqueles 2 trecos, fiquei imóvel, a Houdine entra na sala.

- Vire de lado por favor.
- O que a senhora via colocar na bunda de novo? - eu já disse conformado.

Minha bunda parecia aquelas bocas engolidoras de facas? Sempre cabe mais uma?

- Vou retirar tudo, o exame acabou.

Eeeeeeeeeeeeee, livre, minha vida vai voltar ao normal.

O médico nem veio falar comigo, um whisky, uma vodka, um tapinha nas cotas, nada.
Deve estar fumando um cigarro sozinho, com um sorriso do lado da boca, e nem pegou meu facebook.

- Senhor - disse a enfermeira - poderia se dirigir ao toalete e tentar evacuar o líquido?
- Mas eu não estou com vontade de....
- Vai la, o liquido vai sair.

Ela deveria saber do que estava falando, será que ela já fez esse exame ou é só uma sádica?

E fui ao banheiro, sentei e realmente uma cólica, o líquido ia sair, mas com ele veio todo o ar que foi introduzido.
E o peido, novamente, era iminente.
Mas não era um qualquer, era estrondoso, e a vergonha tomou conta do meu ser, não quis peidar alto, a enfermeira la fora ouvindo, me esperando, tentei ser discreto mas uma voz conhecida la fora gritou

- É assim mesmo, pode ficar a vontade e tente soltar todo o líquido e os gases.

Bom, ela quem pediu e relaxei, e ai veio o estrondo. Aqueles gases saiam como um rojão, o barulho era tão constrangedor quanto ensurdecedor. E com ele saia aquele líquido maldito.
Imaginem o código morse. Pontos e virgulas, onde os pontos eram os gases e as virgulas o liquido.
Era o que estava acontecendo, eu peidava em código morse. 2 pontos, uma virgula, virgula, ponto, e o barulho comendo solto
Não quis ir até o final, me segurei e sai.

- Acho que o senhor deveria voltar, ficou pouco tempo e pela nossa experiência deve ter mais o que sair
- Não, não, estou bem, pode dei.....

E ela tinha razão, sai correndo para o banheiro de novo, parecia uma flecha, quase não consegui chegar, e finalizei o "trabalho".

- Posso ir embora agora?
- Sim, mas talvez tenha ainda algumas cólicas, porque até tudo sair o seu intestino pode demorar uns 3 dias

3 dias, ta louco, a CIA vai ouvir o código morse e vou ser preso por espionagem intestinal.

Ao sair da sala encontrei uma senhora na sala de espera, não resisti.
- Desculpe a pergunta, mas a senhora vai fazer o exame do Raio X com Enema Opaco?
- Sim porque?
- Nada não - e sai dando risada, coitada, se eu falasse porque estava saindo andando com as pernas meio abertas ela não poderia fazer o exame.

Eu não tinha carro, tive que ir para casa de ônibus, eram quase meio dia, o ônibus não estava lotado, sentei, mas na primeira freada eu senti uma dor na barriga e fiquei com medo de fazer algo ali.
Simplesmente fiquei de pé já que era a melhor posição para "segurar" tudo.
Não sei certo, tive que sair e soltar a bufa na rua.
Peguei um metro, balançava menos
E depois mais um ônibus, eu soava frio, quando cheguei no escritório nem pensei em nada e fui direto ao banheiro.
1 semana depois fui pegar os exames e levei ao médico.

- Alexandre, não é nada, pensei que poderia ser uma diverticulite, algo grave, mas é só uma pequena infecção.
- E quando eu marco a cirurgia?
- Cirurgia?
- Sim, porque pelo constrangimento que tive com esse exame eu esperava estar à beira da morte

O médico riu

- Não, apenas com uma alteração na alimentação o senhor deve parar de sentir essas dores incômodas.
- Nutricionista?
- Sim, uma mudança nos hábitos alimentarem e tudo resolvido, vá la e volte em 3 meses

Nunca mais voltei, vai que o médico me peça um exame para comprovar se eu estaria bem.
Fui a nutricionista, me pediu para diminuir produtos a base de leite, comer muita aveia, não ingerir muitas comidas "pesadas" como comidas nordestinas, feijoada, etc
Nos primeiros meses realmente a dor parou, mas deixar de comer tudo isso é impossível, mas quando aquela dorzinha volta já imagino o exame e taco aveia na comida, jogo o leite fora e fico 3 dias sem comer nada gorduroso.
E se um dia algum médico te pedir para fazer o exame RAIO X COM ENAMA OPACO, corra, corra o mais rápido que puder.
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PRESEPADA NA ESCADA

Eu trabalhava no 15º andar de uma empresa, atendimento a cliente, e precisava sempre ir ao financeiro da empresa para resolver problemas de clientes. Esse departamento, junto com o cartão de ponto, ficava no 14º andar.
Era mais rápido ir pelas escadas do que esperar o elevador.
A sala do diretor da empresa também  era no 15º andar e ele fazia esse mesmo trajeto, mas ele só descia.

- "não posso chegar suado nas reuniões".

Essa era a desculpa dele apenas descer de escadas. Ele subia de elevador.
Para quem já conhece minhas histórias, já tive problemas no elevador, basta fuçar meu blog e ler, é uma história bacana.
Mas não é do elevador que estou falando, é da escada.
E não da escada especificamente, é do sensor de luz, aquele que foi inventando para ferrar a vida da gente.
Porque ferrar a vida da gente? Já vi tudo, você não lê meu blog. Tudo bem, eu nem sei quem você é mesmo.
Se você lesse meu blog saberia que eu também tenho dificuldades com sensores de luz. Está na minha história SEGUUURAAA PEÃO.
Voltando à vaca fria, eu ficava puto da vida porque o tal sensor era direcionado apenas para quem descia. Quem subia tinha um problema, parta do trajeto era feito no escuro.
Isso mesmo, como o sensor estava muito mal posicionado, ele acendia imediatamente para quem abria a porta do hall da escada do 15º andar.

-  "temos que tomar cuidado com o diretor" - diziam os funcionários da manutenção do prédio

Vou tentar explicar a logística.
O andar era grande. Havia uma porta de acesso às escadas.
Eu abria a porta, a parede estava á minha esquerda.
Eu andava uns 4 a 5 passos médios e começavam os degraus.
Eram uns 8 a 10, não me recordo acordo agora.
Depois eu tinha que ir para minha direita onde havia uma parte plana, e mais uns 4 passos adiante, á minha direita começava o segundo lance de escada.
Eram mais 08 a 10 degraus, pronto, eu estava no andar debaixo.
Para subir as "curvas" eram á minha esquerda e o sensor, que até era grande, estava entre um lance e outro de escadas, na parte plana, quase no teto, e ligeiramente voltado para o andar de cima.
Era apenas um sensor para acender duas luzes, que ficavam exatamente em cima de cada lance de escada.
O que ocorre é que um sensor só não da conta, então como a luz ficava acessa por um bom tempo, quando eu abria a porta do 15º andar a luz se acendia, dava para descer tranquilamente e ela permanecia acessa até o 14º andar.
Na subida o bicho pegava.
Eu abria a parta e tinha que usar a luz do saguão daquele andar para começar a subida. A técnica era abrir toda a porta, como ela demorava para fechar a parte daquele andar ficava iluminada.
O sensor só capitava a minha presença, como a dos demais, claro, quando a gente subia 2 a 3 degraus.
Eu já não gostava do diretor e achava um absurdo essa predileção a ele.
Coisa se moleque.
Então um dia resolvi criar, na minha cabecinha insana, o DESAFIO DO SENSOR.
A ideia era simples
Eu ia tentar subir o máximo que eu podia sem que a luz de acendesse.
E ai proporia a algum outro imbecil como eu para bater meu recorde.
A primeira tentativa era subir o mais devagar possível.
Todos sabem, e isso já deve ter acontecido várias vezes, que quando ficamos parados por muito tempo esperando um elevador ou algo assim a luz se apaga e temos que nos movimentar ligeiramente para acende-la.
Ligeiramente em alguns casos. Naquela minha história do banheiro eu me ferrei com essa porra do sensor?
Ah, tinha esquecido, você não eu a história.
Tudo bem, eu espero, vai la, lê e volta aqui para continuar essa.
Enquanto isso vou fazendo alongamento que você vai perceber que será necessário para o término dessa maluquice aqui.
Espera espera espera espera espera..
Pronto, já leu, ótimo, vamos continuar
O que eu tentei de primeira, um gênio eu. Eu esperei a porta fechar e fiquei totalmente no escuro.
A luz se acendeu.
Que merda, sempre fica apagava e agora no meu primeiro dia de desafio a luz de acende?
Eu não podia ficar enrolando muito no caminho porque afinal eu estava trabalhando.
Mas logo vai surgir outro problema para eu resolver e volto aqui e descubro o que deu de errado
Chegou a hora do meu almoço, eu tinha que bater cartão, mas ai não dava para brincar porque várias pessoas saiam ao mesmo tempo. Droga, vou ter que esperar mais um pouco.
Chegou a próxima vez.
Eu desci para resolver e na subida eu abri a porta. Tudo escuro la dentro, só a luz de fora que iluminava.
Ótimo, dei um passo e esperei a porta se fechar. TIC, a luz acende.
Cacete.. mas ai eu ouvi o TIC, aquele barulho que faz com o sensor faz seu papel.
Ahhhh, quem me captou foi o sensor do andar debaixo, do 13º.
Claro, deve ter outro diretor filho da puta que desce para o 13º andar e o sensor fica direcionado para essa porta - conclui eu.
Qualquer um teria concluído isso, que há sensores em todos os andares e que um compensa o outro.
Mas, maaassss, eu sempre fiquei no escuro quando eu subia.
Parei para pensar, coisa rara.
BINGO, como eu estava sempre com pressa, eu abria a porta rapidamente e já me dirigia á escada para o andar de cima, e por alguma razão enquanto a porta estava aberta o sensor de baixo não capitava minha presença, só pode ser isso.
Sai do hall da escada, esperei a porta fechar, dei uns minutos para que a luz possa ter apagado, fingi que esqueci alguma coisa porque todos me olharam, afinal eu havia saído de la naquela mesmo momento e com a maior cara de pau fingi que achei.
Não importa, meu foco era a escada.
Abri a porta novamente, tudo escuro e rapidamente eu dei uns 2 passos em direção a subida E: FUNCIONOU!!!
FAN-TÁS-TI-CO, etapa um concluída, a luz não acendeu. Esperei a porta se fechar e veio aquele breu total.
Eu já sabia que poderia subir um ou dois degraus sem que a luz acendesse, o que eu não sabia é que era muito difícil eu andar no escuro e naquela época eu não tinha celular. Sim, faz muuuuito tempo.
Aqueles 4 ou 5 passos médios viraram 10 passos curtos e tremulantes. Eu tava com um medo danado tanto de bater a canela na escada como de por tudo a perder na minha estratégia.
Achei a escada. Ou melhor, meu dedão achou a escada. Que bom que o PUTA MERDA que eu soltei não foi pego pelo sensor.
Parei, respirei fundo, breu total, vamos la.
Um degrau: deu certo, escuridão
Segundo degrau, ótimo, nada do sensor. Chupa sensor.
Comecei a levantar vagarosamente a perna para subir o terceiro degrauuuuuuu PUTAQUETEPARIU, acendeu a luz.
Que droga.
Eu não iria desistir, mas também não podia mais ficar ali, tinha que voltar ao trabalho.
Eu estava rezando para alguém ter problema com fatura, cobrança indevida, desconto por falta de algum serviço, nada mais importava, a empresa tinha bons advogados, eu só queria tentar de novo....

- Atendente Alexandre boa tarde.
- Sim senhora, consta aqui que a senhora tem um abatimento de 10% no seu boleto que deveria ter sido gerado para o próximo vencimento.
- Ok, vou verificar PESSOALMENTE
- Eu retorno para a senhora em breve.

Eu poderia mandar uma mensagem através do sistema interno de comunicação da empresa, mas tem coisas que devem ser resolvidas PESSOALMENTE, e claro, desci até o 14º andar.
Resolvi, caso simples, mas eu não poderia perder a chance de tentar mais uma vez.

Já sabia o que fazer, abro a porta, dou 2 passos para a direita, espero a porta se fechar, vou tateando a parede à minha direita até encontrar a outra parede, viro para a minha esquerda e ali começariam os degraus.

Subo um, subo o outro, e pronto, minha meta era subir 3.
Sinceramente acho que levei uns 3 minutos para por o primeiro pé no degrau de cima.
Glória, a luz não acendeu. Eu não queria me mexer mas precisava bater meu recorde, afinal 2 degraus e meio não existe.
Levantar a perna era fácil, o difícil e aguentar o peso do corpo em uma das pernas e subir a outra devagar, mas teria que ser deeee vaaaaaa gaaaaarrrrrrr.
Fui tentando, ajudando com a mão direita no corrimão, devagarinho, subindo, e, eeeee
CATAQUEPATICAHUGRRRRRR, acendeu, mas não é possível.

Subi, continuei trabalhando e minha cabeça não parava de analisar as possibilidades.
Tinha que haver um meio, eu não confiava naquele sensor.
Naqueles dias que se sucederam eu não fiz muito progresso ai tiver que roubar um pouco.
Um dia peguei uma cadeira e levei até a escada, e mexi um pouquinho o sensor, só um pouco, para ver se eu ganhava uns centímetros a mais.

Eu já tinha tentado, acho, umas 20 vezes.
Eu não me conformava que os clientes não tinham problemas.
Quanto mais puto o cliente ligava mais eu gostava.
Tava virando sadismo já.

O máximo que consegui foi QUASE colocar o segundo pé no terceiro degrau.
Agora, com o sensor um pouco mais voltando para o 15º andar talvez eu tenha sucesso.

A primeira tentativa foi em vão, não tive paciência nem tempo para tentar com calma.
Na quarta ou quinta tentativa (isso já havia se passado dias e dias), eu fui:
- CHEGAR NO SEGUNDO DEGRAU - FEITO
- PÉ DIREITO NO TERCEIRO DEGRAU - FEITO
- PARA E RESPIRA - FEITO

Agora era a tentativa.
A estratégia era primeiro eu inclinar meu corpo um pouco pra frente, deeeeeeeee vaaaaaaaaaa gaaaaaaaaar
Se a luz não acendesse eu teria apenas que subir no degrau, então fu, inclinando, devagar, inclinando, inclinando.. as pernas começaram a doer, tremer.
Eu estava com um pé no degrau de cima, outro no debaixo, meu corpo inclinado pra frente e meu abdômen pedindo arrego.
Até ali tudo bem, só faltava eu dar um impulso, sem muito movimento, e levar o pé de trás para o 3º degrau.
Fiz tanta força, mas tanta força que se eu tivesse com diarreia cagava ali mesmo.
Os músculos da minha perna direita tremiam, mas eu resisti, subindo, lento, leeentooo, leeeeennnntooooo e
EEEEEEEEEEEEEEEEE, caraca mano, consegui, CONSEGUI PORRA , subi no terceiro degrau, não to acreditando, um sentimento de vitória toma conta do meu corpo, eu tava tão feliz que me mexi e a luz acendeu.

NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOO, para tentar o quarto degrau eu teria que começar tudo de novo, não não não.. e o sentimento de glória deu lugar a um desespero..

Mas tudo bem, eu tinha avançado um degrau, já sabia como fazer.
Ta ta ta, eu sabia que eu havia modificado o sensor de lugar, mas realmente foi pouca coisa, agora eu não iria mais mexer, e como ninguém reclamou que a luz demorava mais para acender acreditei que o que eu tinha feito não modificou muito meu mérito.

Eu precisava chegar no quarto degrau, eram 08, agora que eu lembro, porque naquele momento eu pensei
Se eu subir mais um degrau eu chego na metade do meu objetivo inicial.

Naquele dia eu não ia conseguir tentar mais, mas pensei
E se eu treinar em casa, no dia seguinte eu venho com mais técnica...

E foi o que eu fiz, fiquei algumas horas treinando em casa, eu morava num sobrado, o difícil era explicar para meus pais porque eu levara horas para subir..
Dia seguinte tive a pachorra de chegar uma hora mais cedo, eu entrava as 18:00 no trampo, eu cheguei as 17:00, assim teria uma hora sem precisar ser interrompido pelo meu trabalho.

E o dia seguinte chegou, já subi para o 14º andar direto, e lá fui eu:
- Quarto degrau, você não perde por esperar..
******
Eu estava na frente da porta.
Fiz o sinal da Cruz.
Abri a porta.
Dois passos para a direita.
A porta se fecha e eu no breu total, era o meu dia.
Cheguei no começo da escada, os dois primeiros degraus eram fáceis, e fiz conforme o ensaio, devagar, mas beeeeem devagar eu coloquei o pé direito no degrau de cima, inclinei o corpo, doeu tudo, mas resisti, devagar, devagar e consegui subir o terceiro degrau, meta batida, falta o recorde.
Fiz o mesmo, lentamente como uma lesma com artrose eu fui subindo meu pé direito para o quarto degrau e PORRA, a luz acende. Fiz os cálculos, eu levei em torno de uns 7 minutos para subir um degrau.
Mas não ia desistir, e nem voltei pro começo, resolvi ficar ali, imóvel, até a luz apagar, para poder já começar do terceiro degrau.
Esperei, a luz apagou, e ai acendeu.
- Que merda! - Gritei eu
- O que houve? - Perguntou a supervisora do RH, motivo pelo qual a luz havia se acendido.
- Nada não, bati o pé na escada.
- Mas porque você estava na escada no escuro?
- Me deu câimbra quando eu fui subir, ai esperei passar quando a luz apagou, e a senhora entrou pela porta bem nesse momento.
- Mas você não havia dito que tinha batido o pé na escada?
Eu disse isso????
- Então, tive câimbra,  ai a luz se apagou e quando fui subir no escuro bati o pé na escada.

Ela não acreditou muito, ela estava também subindo, e não sei porque eu mesmo indo pra cima, resolvi descer.

- Você não estava subindo?
- Estava mas já que está dando meu horário achei agora melhor voltar e já bater meu cartão.
- Ahhh

Papinho besta mas porque ela me fazia tantas perguntas, e que hora de resolver subir as escadas?
Resolvi esperar ela voltar, ela voltaria já que o setor dela era no andar debaixo.
Ela voltou depois de uns 5 minutos, foi pegar alguma coisa no andar de cima e eu tinha mais umas 2 a 3 tentativas, devido horário e tentei, tentei e tentei e nada.
Achava que meu desafio havia chegado ao fim, que desilusão.
Cheguei uma hora mais cedo e por incrível que pareça cheguei atrasado no trabalho e pior, a supervisora veio me perguntar porque eu havia batido o cartão atrasado se ela tinha me visto antes do horário

- É porque eu acabei resolvendo bater papo e esqueci de bater

Meu Deus, minhas invenções vão acabar acabando com minha vida profissional naquela empresa, mas quando eu coloco algo na cabeça não tem Cristo que faça eu mudar de ideia.
Por quase uma semana eu tentei e não passava do terceiro degrau.
A cada problema com cliente era uma tentativa.

Mas um belo dia meu deu um CLIQUE.
Se o sensor estava voltado para o andar de cima e a porta era do lado oposto à parede que eu subia, se eu for bem encostado eu tenho mais chances.

E na primeira oportunidade eu tentei. Fui direto para o terceiro degrau, e ao invés de eu tentar subir com o corpo reto eu coloquei as costas encostada na parede.
Eu fiquei meio torto devido o corrimão mas dei um jeito de me colocar de uma forma que o corrimão ficasse bem na minha lombar, ai eu teria mais contato com a parede e de lado eu tentei, devagar, como sempre, respirando e pela minha surpresa eu consegui já na primeira tentativa colocar o pé direito no quarto degrau

UHU RECORDE

Cade o povo do Guenness book quando a gente mais precisa?

E agora ficou fácil, porque de lado eu só tinha que subir a perna esquerda e foi o que eu fiz, sem roubar (dessa vez) eu já estava no andar de cima.

Eu me senti o rei, logo ia desafiar algum maluco para bater meu recorde mas pensei e não achei ninguém que se submeteria a essa babaquice.

Eu acho que desde a primeira tentativa até esse recorde já tinha se passado um mês para mais, para vocês terem ideia de como eu estava fissurado.

Mas não conseguia passar do quarto.
Era meu fim?
Quase, porque uma determinada vez eu estava no quarto degraus tentando o quinto e a luz de acende.

- Alexandre, você de novo no escuro? E agora encostado na parede, o que está havendo?
Pensa Alexandre, pensa Alexandre.
- Então, eu senti uma coceira nas costas e estava tentando coçar, sabe, aquelas insuportáveis, mas ai enquanto eu estava coçando a luz de apagou.
- Mas só com você que a luz se apaga?

Ela já estava ficando puta comigo

- É sim, como eu ando bem devagar devido meu joelho - sim, eu já tinha problema de joelho naquela época - eu vivo tento problemas com esse sensor, até porque ele só funciona bem quando alguém desce, quando subimos sempre da problema.

CALA-A-BOCA Alexandre, vai estragar tudo.

E estraguei, ela pediu para alguém chegar o sensor e conferir o que eu havia falado.
Bom, mantive meu emprego porque o rapaz da manutenção confirmou que o sensor estava LIGEIRAMENTE voltando para o décimo quinto andar.

Que droga, mas bem, se é para eu bater o recorde que seja honestamente e mesmo com o risco de outra gafe tentei e ai não conseguia mais checar no quarto degrau.

Ia até o terceiro, com certa facilidade mas ao colocar o pé no quarto degrau a luz acendia.

Por umas 2 ou 3 semanas eu havia desistido de tentar, até porque não ia ter outra desculpa estúpida para falar para quem me pegasse no flagra.

Até que algo extraordinário aconteceu.

Como que por um milagre eu ouço uma senhora da limpeza, que era anã, falar que desde um tempo ela teve mais facilidade em subir o andar porque as luzes se acendiam mais rapidamente. O povo da limpeza eventualmente também subia as escadas.
E eu por curiosidade fui perguntar

- Ola, desculpe a curiosidade, mas porque a senhora tinha dificuldades em subir as escadas?
- É que quando eu tava limpano as escada pra acende de novo eu tinha que levantar as mão se não não acendia de maneira nenhuma.

Pra que ela me disse isso, dia seguinte, ao invés de só ir encostando na parede resolvi fazer isso deitado, me arrastando pelo chão, já que se ela que tinha 1m30 ou algo assim tinha dificuldades imagina quem estivesse deitado.

E lá fui eu, quis fazer uma tentativa que seria a melhor de todas, cheguei mais cedo, rezei para ninguém aparecer, e fiz o ritual
ABRIR A PORTA
DAR DOIS PASSOS PARA A DIREITA
ESPERAR A PORTA FECHAR
ESPERAR A LUZ SE APAGAR
CHEGAR NO COMEÇO DOS DEGRAUS

E ai mudou minha técnica, logo no primeiro degrau eu já me deitei, encostei as costas na parede.
Um gênio eu, porque deitado o corrimão não me machuca e eu ganhei uns centímetros.
Minha regra era que o recordo só valeria se eu colocasse o pé na escada, porque deitado com as mãos nos degraus eu já conseguia tocar o terceiro degrau facilmente.

Comecei.
A melhor opção que me veio para me ajudar no impulso era por as mãos pra cima e me puxar com a ajuda do corrimão.
E funcionou, eu era jovem, tinha força nos braços e nas pernas, apesar da lesão do meu joelho que eu já havia operado e por sinal tinha feito várias fisio-terapia até mesmo enquanto eu trabalha nessa empresa que eu estava.
Eu fui puxando o corrimão com minha mão esquerda. A mão direita eu coloca no degrau de cima para me puxar e com pequena ajuda dos pés era o impulso que faltava para eu subir cada degrau, pouco a pouco.
Meus pés chegaram no segundo degrau, e nada da luz acender.
Quando eu coloquei os pés no terceiro degrau meu corpo já estava no quarto e minha mão direita no sétimo, uma glória, mas o que valia eram os pés.
A cada pequeno movimento eu parava para respirar, porque prendia a respiração para não ter um movimento brusco. Na verdade nem sei porque eu prendia a respiração.
Acho que se passou uns 10 minutos e eu já estava com os pés no quarto andar.
Mais um, só mais um e eu bato um novo recorde.
E fui. Minha mão já tinha alcançado o oitavo degrau, ou seja, um lance inteiro da escada estava literalmente nas minhas mão, e mais um pouco meu recorde estaria batido e do jeito que estava eu dificilmente não chegaria ao oitavo andar e como fazer a curva lá em cima eu decidiria mais pra frente.
Me puxei, coloquei o joelho meio que de lado no quinto degrau, meu puxei mais um pouco, para respira e ACENDE A LUZ, e ai ouço uma voz

- O que esta acontecendo?

Era o diretor

- Que diabos você está fazendo no escuro deitado nas escadas moleque?

Na hora eu não pensei em nada e comecei a gemer

- Ai ai meu joelho, meu joelho, ai ai, ta doendo

Ele mudou o tom de voz.

- O que houve? Fala?
- Eu estava subindo, desde lá debaixo porque fui resolver um problema no décimo andar (sim, havia departamentos no décimo andar, nada a ver com o meu mas foi o que eu pensei na hora) e para ir mais rápido vim pelas escadas e parei para descansar, ai a luz se apagou e quando comecei a andar, no escuro, eu tropecei.. essa luz ai - falei meio puto - sempre fica direcionada para quem esta descendo e é isso que da, agora me ferrei
- Calma, não se mexe, vou chamar a enfermaria

Eu não me mexi, até porque tava cagando de medo
Veio a enfermeira com advinha quem, a supervisora do RH.

- Alexandre, o que aconteceu agora, pelo amor de Deus.
- Eu cai, machuquei meu joelho, ai ai, que dor
- Se isso for mentira você será demitido por justa causa sabia?
- QUE MENTIRA O QUE, AI AI AIA,

O diretor chamou ela de canto, enquanto a enfermeira me ajuda a levantar, fui levado meio que carregado para a enfermaria, tive dispensa esse dia para ir ao hospital e fazer alguns exames.
No dia seguinte fui para a empresa mas fiquei em "observação".
A supervisora não acreditava na minha história, também pudera.
Mas o que ninguém esperava é que mesmo eu mantendo minha história com a maior cara lavada, uma semana depois, quando o "laudo" saiu, constataram que eu tinha água no joelho, "possivelmente causado por uma torção, batida ou QUEDA".

Chupa supervisora.

Claro que ia dar alguma coisa, eu já tinha operado o joelho, eles sabiam disso porque o departamento de RH já tinha todo o meu histórico e sempre que eu fizesse exames ia dar alguma coisa.

A boa notícia é que escapei ileso de qualquer repreensão profissional, tive cuidados especiais durante o período de recuperação, alguns dias não fui trabalhar para poder "me tratar".

A má, má não, a péssima notícia é que devido meu problema e eu ter "jogado na cara" do diretor que o sensor estava mal colocado para o pessoal que apenas descia as escadas, todos os sensores foram redirecionados e nunca mais eu pude tentar nada, nem tentaria, já estava passando dos limites

Mas uma vez eu tentei de novo, uma única vez eu fui tentar, só que o que aconteceu nesse dia fica para uma próxima vez.

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NEUTROX

Essa é uma história proibida para menores, contém um palavreado chulo que pode não agradar a todos os públicos, por isso não me responsabilizo pela cara de nojinho de quem ler. Você tem a opção de sair e pronto, simples assim.
Peça para as crianças saírem da sala. Pera, se sair da sala elas pegam o tablet e vão para o banheiro, então melhor, deixa elas na sala vendo CHAVEZ e vai você para o banheiro.. e bom divertimento... se conseguir.

Eu tinha uns 28 ou 29 anos, estava solteiro e curtia uma balada.
E sempre depois de uma balada, a gente ia comer cachorro quente ou comer outras coisas.
E o dia que eu resolvi comer outras coisas acabei parando numa daquelas casas que senhoras não virgens fazem amor por dinheiro.
Um puteiro mesmo.
Chamava Terraço, ficava na Avenida Pompéia. Pode parar de procurar no googlemaps porque não existe mais. Tem um chamado Tivoli #ficaadica
Em geral ninguém vai num lugar desses de cara limpa. Não, não tem nada a ver com protestos do DIRETAS JÁ, a gente sempre ia meio briaco. E naquela época eramos inconsequentes porque não existia a lei seca.
Entrada = R$ 10,00 com direito a duas cervejas.
Calma, estamos falando de 1999 ou 2000, algo assim, os preços subiram um pouco de lá pra cá.
A primeira recepção já foi excelente, umas 4 garotas virem falar comigo, com certeza devido minha beleza (financeira).
Não, eu não tinha grana, pelo contrário, mas bêbado tem uma mania de pensar que é rico. E pior, tem mania de acreditar tanto nisso que gasta como se fosse. Só vai perceber que é um pobretão da porra quando vem a fatura do cartão de crédito. Sim, eu pagava puteiro com cartão, afinal eu era solteiro.
Para conversar com uma garota a gente tinha que pagar algo, claro, ninguém quer bater um papo cabeça com você. Elas querem grana, pegando ou não na sua "cabeça".
Resolvi pagar um Keep Cooler (sim, era moda tomar Keep Cooler) para duas das 4 donzelas.
Escolhi as que eu achei mais safada, claro.
Papo vai, papo vem, começa o que eu chamo de período crítico num puteiro, que é a hora que sem mais nem menos você solta a famosa pergunta
 - Quanto é a hora?
Eu deveria estar bêbado mesmo porque eu tava careca de saber que o "período" lá é meia hora. Com sorte a mina te deixa ficar uns 40 minutos, depois do cafetão socar a porta gritando que seu tempo acabou.
Esse é o momento que elas gostam, porque elas ganham com a Keep Cooler mas pelos meus cáculos meia hora ela ganhava o mesmo que se bebesse 15 Keep Cooler. E para isso ia levar bem mais que meia hora e muito clientes para chegar nessa meta, e haja estômago, melhor ir pra cama.
Como 50% era da casa, eu só podia pedir algum desconto para elas nos 50% que era dela
Negociar com puta é algo que eu sempre gostei de fazer, nunca deu certo mas da a impressão que vou tirar alguma vantagem, como eu nunca conseguia eu já chorava os 10 minutos a mais antes de subir. Experiência é tudo nessa vida.
Vi que as duas não estavam me dando vantagens, e eu teria que escolher uma delas, já estava decido que ia para o abate.
Neste momento veio uma ideia bem estupida. Pensei: "pô, eu bem que podia comer um cuzinho hoje".
Mas até para propor uma situação dessa no lugar que eu estava eu teria que ter cuidado, porque eu poderia receber uma reposta como:
"Ta pensando que eu sou o que, uma vagabunda?"
Sim, até as profissionais do sexo tem seu orgulho, sexo anal não é algo que se dá assim sem mais nem menos, tudo tem seu preço, e em geral ou elas topam e te cobram um adicional traseiro ou elas não topam.
Uma das meninas era bem bonita, corpo torneado, fio dental bem bonito, a parte que eu podia ver dele, claro, e a outra era bem mais ou menos,corpo bom mas eu teria que tomar muito mas breja para me empolgar com ela, mas quando eu "escolhi" as duas eu esqueci de olhar o rosto, fui pelo rabo mesmo
E eu estava com a lábia boa, e resolvi fazer fazer a pergunta
- Seguinte, eu por fim ficaria com as duas (verdade, mas a grana não dava, nem o limite do cartão dava), mas preciso escolher uma de vocês. Eu proponho o seguinte, quem de der o c# eu pago a trepada.
Para meu azar a feia logo levantou a mão
- Eu topo, eu topo, eu topo.
Eu ainda olhei para a bonita e ver se ela se pronunciava. Em caso de empate eu seria o voto de minerva.
Ela me olhou, começou a abrir a boquinha lindinha que ela tinha, com aqueles lábios carnudos, piscou rapidamente os olhos, chegou bem no meu ouvido e me disse quase sussurrando:
- Bom proveito!
Chupa Ale, ficou com a baranga.
Resolvi pega-la no braço logo antes que ela desistisse, afinal mesmo que eu tenha negociado mal  eu não ia perder a chance.
Fizemos os procedimentos burocráticos necessários (tem que pagar antes, é como fast food, primeiro você paga depois você come), peguei o kit foda: um sabonete pequeno, daqueles promocionais, uma toalha embalada em saco plástico, tudo na maior higiene, como manda a vigilância sanitária, 2 camisinhas (vai que dá para usar as duas), e uma toquinha de cabelo? 
Toca de cabelo? Sei la, mas seguimos em frente.
Subi aquelas escadas com paredes escuras e chapiscadas, escolhemos nosso quarto e fomos tomar um banho. 
Tira a roupa, pergunta o nome, ela fala qualquer coisa com Jessica, Pamela ou Monique, e começa o esfrega esfrega.
E eu, num momento de empolgação, já tasquei um fio terra nela.
A mina da um grito de susto e fala
- Ta louco, que que você está pensando o que? 
Eu to pensando o que? To pensando que esse c# já ta pago e se é meu eu coloco o dedo na hora que quero, pensei que funcionava assim, ela continua
- Não é assim, eu preciso de uma preparação antes.
PREPARAÇÃO? Ela quer fazer o que? Ioga anal? Aquecimento da bunda? Enfim, não queria perder o "pique" e não entrei em detalhes, fomos para cama e como um menino que queria aquele doce, já abri a camisinha.

Primeiro o sexo oral, tudo começa com sexo oral para animar o "menino".
Prostituta tem uma técnica invejável de conseguir colocar camisinha na gente mesmo antes do bicho estar totalmente ereto, incrível.
Pronto, estou pronto.

- Você pode ficar de 4?? Indaguei ansioso para ela.
- Espera, é que eu to sem lubricante e sem lubricante não consigo fazer sexo anal?
- VOCÊ NÃO CONSEGUE O QUE?
Eu realmente quase gritei, ta louco, eu no momento do ápice da noite vem com essa.
- Não senhora minha filha, você é muito mais feia que sua "amiga", só vim com você por isso, se não fosse assim teria pego qualquer outra, se você não me der a bunda vou chamar o procon, o sac da casa, o ombudsman, o cafetão, o papa, vou chamar todo mundo, eu tenho testemunhas, isso não vai ficar assim não.

E o "bicho" começou a ceder.

Meu cérebro me ajudou. Para não estragar a noite eu lembrei de relance que no banheiro tinha algo que eu não sabia o que era mas falei para ela.

- Espera ai que eu já resolvo isso.

Sai correndo para o banheiro, achei um pote roliço, meio transparente, creme bege dentro e tampa vermelha e levei para o quarto.

- Mas isso é NEUTROX!!! Exclamou a minha namoradinha
- Sim, eu sei ler, por falta do seu lubrificante vai isso mesmo.
- Você ta louco né?
- Louca ta você, trato é trato, vira ai e vamos começar logo a bagaça

A bunda dela era enorme e precisou de duas de mão para eu ter certeza que ia cobrir todo o espaço
Ela não estava muito satisfeita mas eu não estava nem ai.
Eu tava tão excitado com a ideia que consegui recuperar o fôlego, e comecei a introdução.

Ela deu uns gritinhos e na minha imaginação era de puro prazer
Comecei a acelerar os movimentos quando ela fala

- Nossa ta doento
- É grande né??? E abri um sorriso maroto
- Não meu, ta doendo pra cacete.

Ai que eu reparei  que algo estranho estava acontecendo mesmo. Como o movimento começou a espumar tudo, parecia aquelas banheiras de motel.
Chegou ao ponto de sair bolhas de sabão.
Eu não sabia que metia ou se estourava as bolhas. Adoro estourar bolhas de sabão.
Na época não havia celular, se tivesse eu tirava uma foto e postava na hora para meus amigos verem, foi uma cena bem diferente.

Eu tava achando o máximo, não via a hora de sair de la para contar para meus amigos, a cada bombada uma espumada, mas na boa, o Neutrox fez sua função, porque realmente o local estava muito lubrificado, o todo poderoso ia e voltava sem esforço algum, impressionante.

Ela começou a gemer de novo e dai percebi que ela tinha feito o máximo que podia por mim
Mesmo reclamando ela foi profissional.
Gozei, claro, e quando eu "sai de la", constatei um fato interessante.
A função original do NEUTROX também funcionou.

Acho que eu fiz o primeiro Babyliss anal da história do universo, mas não havia ninguém para registrar e acho que a mina não ia dar seu testemunho.

Acabou, não deu os 30 minutos. Ela saiu meio nervosa, não sei porque, foi tomar outro banho.
Eu fui pra lá também, perguntei se ela queria lavar o cabelo e mostrei o NEUTROX para ela, quem me conhece sabe que eu não podia perder a piada.

- Ta lega ai atras? Perguntei
- Idiota, nunca mais faço isso com ninguém.
- Ué, quem mandou negociar o rabo sem os produtos necessários, mas olha, amei, sei que vou falar de você para o resto da minha vida. E posso te pedir um favor, você pode autografar no NEUTROX para eu levar pra casa?

Ela riu, o gelo estava  havia quebrado, acho que quebrou mais coisas.
Sai de la sem me preocupar com o tempo que eu ainda tinha.
Encontrei meus amigos e aquela loira gostosa que eu havia dispensado e CLARO, contei na hora mesmo o que havia acontecido. Foi só risada... sai de la satisfeito com minha noitada.

Só uma coisa me incomodava.
Toda vez que eu ia no supermercado, na sessão de cosméticos, perfumes e afins, e eu via um NEUTROX, eu sentia um cheiro de bosta, não sei porque.

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MIRA MI CULO, MIRA MI CULO

Essa é uma história rápida, não tão engraçada como as outras que eu escrevo mas vale pela curiosidade dos fatos.
Acredito que o ano era 1994, ou perto disso
Eu organizada excursões e levei um grupo para o carnaval de Florianópolis.
No centro da cidade eu fui dar uma de engraçadinho e fazia aquela brincadeira do "SOMBRA", imitando quem passava pela rua, só para arrancar umas risadas do nosso grupo que estava por la.
Passava velhinho eu ia atras imitando.
Passava criança, tava eu imitando
Casal? Eu não perdoava.
Era uma tiração de sarro só.

Ai vem um cara, bem esquisito. Tinha aproximadamente 1,90 m. Bem alto
Claro, eu não ia perder a chance.
Ele balançava os braços e andava parecendo o Visconde de Sabugosa.

Ele passou no meio da roda onde estávamos, fui devagar e andei atrás dele balançando os braços, andando nas pontas dos pés para eu TENTAR chegar perto da altura dele, e o povo rindo.

No meio da praça ele vai, me abaixa as calças e com um sotaque de Argentino grita

- MIRA MI CULO,  MIRA MI CULO

E fazia isso batendo a mão na bunda, mostrando aquele CULO peludo pra todo mundo ver.

Ele já tinha visto que eu estava zoando os outros e fez de propósito, sabendo que eu não iria resistir a imita-lo. Como dizia os mais velhos "me pegou de calças curtas".

E eu não podia desistir naquele momento e baixei minhas calças e comecei a bater na bunda e também gritei 

- MIRA MI CULO, MIRA MI CULO

Ele realmente era Argentino, estava no Brasil pela primeira vez e como ir pra Floripa não era "tão longe" de Buenos Aires, ele e uns amigos resolveram conhecer nossa mais famosa festa

Comentei com ele que eu trabalhava com turismo e que eu adorava festas
Ele me perguntou quais as melhores festas do Brasil
Citei a Oktoberfest, a festa de Barretos, os carnavais de Salvador e Olinda entre outros
Eu nem sei o nome dele, só o chamava de ARGENTINO e ele me chamava de PAULISTA

Era PAULISTA pra cá, PAULISTA pra la e ele acabou ficando conosco até o fim daquele dia

Tomamos umas cerveja, mentira, tomamos várias cervejas e no fim daquele dia, após muitas risadas, cada um seguiu seu caminho.

O tempo passou.

Em outubro daquele mesmo ano eu estava com outro grupo em Blumenau, na Oktober, e por sinal alguns dos passageiros haviam ido para Floripa. Era normal os meus amigos irem em mais de uma viagem por ano.

Mas havia muitos clientes novos. Estávamos perto da PROEB, os pavilhões onde acontecia a Oktober.
Eu organizava o grupo para distribuir os ingressos da entrada quando umas meninas me cutucou e disse

- Alexandre, eu acho que tem um louco ali te chamando
- Louco, aonde?
- Ali ó, com a bunda de fora

Impossível.
Não podia ser
Mas era

Aquele maluco do Argentino se empolgou com o fato de eu falar que a Oktober era uma das melhores festas do Brasil e resolveu conhece-la
Ele sabia que eu estaria la mas eu nem imaginava que ele viria, porque nunca mais nos falamos
E na oktober ia centenas de pessoas, beirava um milhão de participantes por ano
A chance de eu encontrar algum conhecido, sem marcar, no mesmo local, no mesmo dia, era como achar uma agulha no palheiro e pior, a forma como ele "me cumprimentou" foi assim.
No meio de todo mundo ele simplesmente me abaixa as calças depois de me ver e grita

- PAULIIISSSSA, MIRA MI CULO DE NUEVO, MIRA ME CULO DE NUEVO

Eu não podia fazer mais nada a não ser, na frente de todo o meu grupo onde eu era o guia, baixar minhas calças e gritas

- Y TU TAMBIEN, MIRA MI CULO ARGENTINO BOLUDO

O cara me abraça, com as calças já levantadas por supuesto, me abraça e me fala

- PAULISTA, és la segunda vez vengo a Brasil, y la segunda vez que yo mostro mi culo para ti. Espero que no lo encuentro más, no suporto mas bajar mi pantalones para ti. No vengo mas aqui.

E pronto, ninguém entendeu nada mas ele ficou conosco por um bom tempo.
Sorte não ter internet naquela época, porque se não nossas bundas teriam sido compartilhadas por ai.

ARGENTINO, se um dia esse meu blog chegar até você, se comunique. Mas não adianta me mandar sua foto para eu te reconhecer, me mande uma foto de SEU CULO, acho que vou me lembrar melhor, kkkkk

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TELEVISÃO VOADORA - POLTERGEIST


   Crenças à parte, essa história é totalmente verídica.
   Em um dos meus aniversários, depois de umas 2 caixinhas de cerveja, num churrasco no meu condomínio os meus convidados queriam ver um jogo de futebol e outros queriam jogar baralho, dominó, essas coisas.
   Resolvi ir até meu apartamento no 13º andar pegar a TV e vários joguinhos.
   Eu já estava meio briaco, diga-se de passagem. Entrei em casa, peguei a TV, que não era Led, nem LCD, era aquela de tubo mesmo, aquelas grandes, pesada para caraio. Coloquei uns jogos em cima dela e já de primeira tropecei no fio da TV que estava solto e derrubei todos os jogos, peças, baralho, etc no chão, mas consegui "salvar" a TV, apesar que quase ela foi pro chão, foi a primeira tentativa da mesma em sair "voando". Eu tinha que fazer algo que só os grandes malabaristas do Circo de Soleil são aptos a fazer, que era continuar segurando a TV com os jogos em cima, pegar a chave no bolso, trancar a porta sem deixar nada cair, com o agravante das brejas no coco. Claro, não deu certo, a TV quase cai de novo (2ª tentativa dela em voar), os jogos foram de novo para o chão e eu já meio puto xinguei todos os santos que eu conhecia, coloquei a TV no chão (coisa mais sensata que eu havia feito), fechei a porta, chamei o elevador, ele chegou, coloquei um jogo na porta para que ela não fechasse sozinha, peguei a TV, coloquei no fundo do elevador, peguei os jogos todos espalhados no chão, coloquei de qualquer jeito nas caixas, empilhei tudo também de qualquer jeito em cima da TV, peguei o jogo que estava impedindo que a porta do elevador se fechasse e UFFAAAAA, coloquei-o também em cima de tudo o que já estava tumultuado e apertei o térreo.
   Pronto, alguns minutos de paz até eu chegar no térreo e descobrir como eu iria levar tudo aquilo para a churrasqueira.
   Mas ai começou a minha tortura. Sim, até agora por incrível que pareça eu era feliz e não sabia.
   A TV estava no fundo do elevador como eu havia dito, com tudo em cima e eu encostado na parede do elevador.
  Mais ou menos uns 2 segundos depois que a porta do elevador se fechou a TV começou a mexer, trepidar e todos os jogos caíram de cima dela. Ela simplesmente saiu de onde estava, passou por trás de mim, e voou, sim, voou, subiu se arrastando pela porta do elevador e ficou presa no teto. 
   O elevador parou, entre o 13º e 12º andar, os jogos ficaram todos espalhados pelo chão e eu vendo a TV no teto logo pensei no exorcista, sei la, e comecei a rezar, pedi desculpas por todos os xingamentos que eu acabará de fazer, lembrei de meus entes falecidos e queridos, pedi perdão a Deus por todos os pecados e prometi pra tanta coisa que eu já sabia que não ia cumprir mas não queria nenhuma alma penada me atormentando bem no meu aniversário. 
  Eu estava apavorado. Mentira, eu tava me cagando de medo mesmo, me borrando inteiro e se você leram minhas outras histórias, de merda eu entendo. 
   O elevador tentava descer mas eu vi que a TV não deixava, cheguei a pensar que a TV estava com síndrome do pânico e não queria sair de casa. Num instante o elevador parou de vez, as luzes se apagaram mas a TV continuava no teto, como se olhando pra mim. Imaginei aquela menina do filme O GRITO saindo da TV e me matando sem que eu pudesse me defender, lembrei dos meus amigos, da minha esposa, meus pais, agradeci por tudo o que eu já tinha vivido e, e.."e nisso sossegou meus olhos e então...", e então uma voz do fundo de minha alma ecoa no meu cérebro e grita: ALEXANDRE, SEU BURRO, ALMA PENADA NÃO EXISTE, TVs NÃO VOAM, ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO, TEM QUE HAVER ALGUMA EXPLICAÇÃO LÓGICA PARA TUDO ISSO. SE LIGA MANO..
  Tem razão, não poderia estar acontecendo nada disso. Parei de ser cuzão e encarei de frente aquela TV, ai caiu a ficha. Pelamordedio. CLARO, ÓBVIO, SIMPLES. COMO SOU BURRO MESMO.
 O que aconteceu é que quando eu soltei a TV para fechar a porta o fio ficou solto. Eu coloquei tudo para dentro do elevador mas o fio ficou pra fora, e a porta se fechou, o elevador começou a descer, a tomada ficou presa para o lado de fora, ou seja, a parte da tomada não entrou no elevador, o fio que prendeu na porta se esticou e a TV "começou a subir". 
  Subir nada, o elevador que começou a descer, o fio apenas esticou e a TV ficou pendurada. Por questões de segurança, quando a TV tocou o teto do elevador o mecanismo dele travou, desligando as luzes e o mesmo parou.
  Parou comigo dentro, domingo, 2 da tarde, todos os meus amigos na churrasqueira, minha esposa estava fora, eu comecei a apertar o botão de emergência mas o zelado estava de folga. Eu estava sozinho no mundo, bêbado, dentro do elevador, com uma TV no teto, o que eu ia fazer?
  Peguei o celular e liguei para minha mulher.
 - Alo, Lilian, você demora para chegar?
 - Uma hora mais ou menos, porque?
 - Porque estou preso dentro do elevador com a TV no teto?
 - TV aonde?
 - Depois eu explico, preciso apenas sair do elevador, e não tem ninguém recepcionando os meus amigos, não sei o que fazer.
 - Mas como você ficou preso dentro do elevador?
 Nada mais irritante quando você não quer explicar nada e a pessoa fica perguntando.
 - DEPOIS EU EXPLICO, deixa, vou tentar ligar para outra pessoa. E desliguei
 Neste momento um amigo meu que morava em dois andares abaixo do meu havia ouvido o alarme e perguntou?
 - Algum problema??
 - Wesley, é você?
 - Sim, quem é?
 - O Ale caraio, to preso aqui dentro.
 - Mas como você foi parar ai?
 - Depois eu explico, só preciso ver como saio daqui.
 - Vou chamar alguém da portaria.
 - Beleza, mas me faz um favor, passe na churrasqueira 2 e avisa o povo que eu to preso, porque ta todo mundo me esperando e já faz tempo que to aqui.
 - Pode deixar
  Alguns minutos depois chamaram o Zelador, que por sorte morava no prédio e ele chegou ao 13º andar.
 - Sr. Alexandre?
 - Oi seu Geraldo, to preso aqui, consegue me tirar?
 - Claro, mas como você foi parar ai?
 - DEPOIS EU EXPLICO seu Geraldo, só quero sair daqui.
 - OK Sr. Alexandre, basta eu alcançar a trava de segurança, desativa-la e ir na casa de máquinas ligar manualmente o elevador e ele desce até o andar mais próximo, no caso o 12º andar.
 - Mas seu Geraldo, tem mais um problema, o senhor esta vendo uma tomada ai do lado, enroscado na porta?
 - É verdade sr Alexandre, to vendo, o que é isso?
 - Então, tem uma TV aqui presa no teto, se você ligar o elevador ele vai travar porque é justamente essa televisão que ficou presa e fez o elevador parar.
 - Mas como a TV foi parar no teto?
 (Meus DEUS), DEPOIS EU EXPLICO, só não quero causar mais problemas.
 - Deixa eu pensar aqui sr Alexandre.
 E exatamente neste momento de silêncio me toquei de todas as promessas que fiz e já comecei a ver a cagada. Vou ter que honrar tudo agora? Ta louco, pensei comigo. Prometi algo como "nunca mais vou beber tanto em festas" e outras coisas impublicáveis.
 Comentei no meu pensamento que prometi porque estava apavorado e sob pressão promessa não vale, que não conta promessas em momento de embriagues misturado com desespero, e isso e aquilo, e nesse momento eu vejo a TV se mexendo de novo e vindo em minha direção. Tomei um suto da porra que falei em voz alta. AI MEU DEUS, TAVA ZOANDO, VOU HONRAR AS PROMESSAS, POR FAVOR, NÃO ME CASTIGA (bêbado é foda), quando o seu Geraldo me fala.
 - O que o senhor está falando ai sozinho senhor Alexandre, por favor, consegui abrir a porta daqui, e to segurando a TV pelo fio, o senhor pode pegar a TV antes que ela caia no chão?
  - Claaaaro seu Geraldo. 
  Encabulado, eu peguei a TV, coloquei no chão (e vê se não se mexe mais - briguei com ela), e esperei até que o seu Geraldo fosse na sala de maquina e descesse manualmente o elevador até o 12º andar. Ele voltou, apertou uns trecos e pronto, o bicho voltou a funcionar.
  - Seu Geraldo, não é por nada não, mas o sr pode descer comigo até o térreo, preciso levar tudo isso aqui na churrasqueira e não quero mais ter problemas.
 - Claro senhor Alexandre.

   Cheguei na minha festa, uns 20 minutos depois, o povo já com a carne assando, bebendo, e quando eu cheguei, só ouvia.
  - Alexandre porque demorou tanto, um amigo seu veio aqui e disse que você estava preso num elevador com a TV no teto, o que aconteceu?

 - AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH - DEPOIS EU EXPLIIIICOOOOOOO !!!!!!

 Pronto, expliquei.

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DEU MERDA

  Essa é outra daquelas histórias clássicas que só acontecem comigo.
  Eu trabalhava com eventos e churrascos e de vez em quando ia conhecer alguns sítios para organizar as festas.
   Num determinado dia eu havia marcado para conhecer um sitio perto da Serra da Cantareira, num fim de tarde e como eu já havia ficado fora o dia todo, resolvi parar para comer algo num boteco. Estava eu e minha namorada na época. Comi aquelas coxinhas do tipo comeu-morreu, um suco e só.
   Perto do local começou a me dar aquele revertério, como se a comida fosse igual àquelas motos no globo da morte sabe, girando para tudo quanto é lado.
   Minha ideia era simples, eu chegaria rapidamente no local, cumprimentaria o dono, perguntaria se havia um toalete, e pronto, resolvido o problema, conheceria o sitio e iria embora sem deixar rastros.
    Quando lá eu cheguei, havia um portão com um interfone e dava para ver uma rampa de uns 200 metros mais ou menos, e o sitio ficava ali em cima, no morro.
    Parei o carro, pedi para minha namorada ficar esperando, desci e toquei a campainha. Nesse momento eu já estava suando frio, a bosta queria descer de qualquer maneira e não queria mais esperar, e eu, naquele conhecido jogo de pernas, travava uma briga épica com meus intestino, que insistia em dar cabo daquele ser lodoso. E eu no trava coxa.
  Toquei o interfone:
   - Pois não?
   - Ola, sou o Alexandre, vim ver o sitio conforme combinamos.
   Neste momento imaginei que ele abriria o portão, eu entraria no carro e subiria até lá, e faria conforme eu havia imaginado.
  - O senhor pode deixar o carro ai embaixo em subir pela escadaria por favor.
  E o benedito me abre uma portinha lateral. Meu mundo caiu, eu não chegaria até lá em cima
  Até esqueci de chamar minha namorada e com passos firmes mas curtos, bem curtos, comecei a subir a rampa. Não fui pelos degraus com medo da passada ser muito larga e eu estragar tudo no caminho.
 No meio da rampa algo aconteceu, acredito que ao subir a gravidade do meu corpo se alterou ou a bosta que estava me incomodando deve ter algum medo de altura, porque ela não quis subir comigo não.
  Não consegui pensar em mais nada, sai correndo para baixo e por se tratar de um sitio, havia várias pequenas trilhas ao redor. Minha namorada que neste momento tinha saído do carro porque ela nem sabia onde eu tinha ido me viu correndo e passei por ela numa velocidade que nem sei se ela teve tempo de ver que minha face uma hora dessas parecia um Alien daqueles filmes de terror.
  Entrei no mato e na primeira clareira que achei, arriei as calças e fiz o serviço ali mesmo. Mas calma, poderia ter parado ai a história, MAS NÃO PAROU.
  A dor era tanta, mas tanta que um montinho só não resolveu o problema.
  Imaginem a cena (ou não, melhor não imaginar). Eu agachado, com a bunda de fora, evacuando no local e o montinho crescendo, ai tive que dar um passo para a frente e começar um novo monte porque a bosta já estava quase encostando na minha bunda.
  Nesse deslocamento começo a escutar vozes.. Eram doendes da floresta? Gnomos? Fadas encantadas? NÃO, eram adolescentes com cadernos na mão, provavelmente saindo de algum colégio fantasma só para me azucrinar. Sim, porque onde já se viu, no meio do mato, aparecer alguém bem na hora que to cagando?
   Pois apareceu. Enquanto eu estava lá, eu e meus montinhos, a molecada estava numa trilha vindo em minha direção. O medo tomou conta do meu ser. Imaginei o que seria de mim se um pirralho daquele me visse. 
  Não consegui nem pensar e comecei a dar alguns passos para trás, mais agachado ainda para poder me livrar da que seria a desgraça da minha vida.
  Fiz uma pequena curva para me esconder num arbusto que havia lá e com as folhas escondi meu rosto e comecei a rezar orações que eu nem sabia que sabia.
 Eram em torno de uns 15 jovens, todos passaram e eu fiquei la, imóvel, intacto, sem respirar e FUNCIONOU, passei totalmente desapercebido como o Silvester Stalone se escondia no famoso Rambo.
   Peguei umas folhas que havia na região para resolver parcialmente o problema e daria um jeito de me limpar corretamente em outro momento, mas neste instante pensei "sou um gênio", já que me livrei daquele iminente vexame.
  Eu me senti um gênio até ver a merda que eu fiz, ou melhor, que eu arrastei. Sim, arrastei, porque ao dar os passos para trás, minha calça que estava arriada fez o favor de arrastar os dois montinhos de bosta para dentro da cueca, mas o pior é que eu não vi isso, já que estava bem escuro nesse momento, eu apenas senti isso..
  Senti porque ao levantar as calças senti aquele melaço encostando nas minhas mal cheirosas nádegas e percebi algo morno escorrendo pelas minhas pernas. Baixei as calças novamente e tentei tirar o máximo que eu conseguia para não ter que levar todo o material comigo.
  Acho que o ato todo levo em torno de uns 10 minutos, desde minha corrida até minha desgraça.
  Coloquei a meia por cima da calça evitando deixar rastros pela região, e ao sair do mato vi minha namorada me olhando com uma cara de poucos amigos, já que a mesma estava ali todo aquele tempo sem saber o que estava ao certo acontecendo. E eu nem tinha coragem de contar o que havia se passado na maledeta moita.
  Falei para ela entrar no carro, eu não tinha nem coragem de voltar a tocar a campainha para ver o sitio, entrei no carro e falei:
  - Vamos embora, depois explico para ele o que aconteceu - me referindo ao dono do sitio.
   Ela disse:
  - Acho que não vai precisar.
  - Como assim? Não entendi sua observação.
   - É que não sei o que te aconteceu mas tentei chegar até o mato para te chamar, fiquei com medo de entrar la e ao voltar percebi que dava para ver o rapaz, já que a casa dele é bem no alto e deu para vê-lo por cima do portão, e do jeito que ele ria, acho que ele deve ter visto tudo o que aconteceu.
   Era verdade, o sitio ficava no alto e de onde ele estava ele conseguiu ver toda a cena. Eu não sabia se chorava, se ria, se ficava puto, mas resolvi sair de la o mais rápido possível, foi quando minha namorada olha pra mim e diz? 
  - Que cheiro é esse?
  - Eu olho pra ela e conto o que aconteceu, ai ela quase caga nas calças de tanto rir, e o cheiro realmente estava insuportável, deixamos as janelas abertas e o ar condicionado no último.
  Pior é que a cada farol que parávamos o carro do lado nos olhava para nós "não sei porque", e eu disfarçando olhava com a mesma cara de nojo pra ele, como se o cheiro estivesse no ar. Nessa hora o estômago já estava embrulhando de novo, e foi um outro sacrifício chegar em casa.
  Cheguei, tirei a camisa e o tênis e entrei com calça e tudo no banho, e finalmente consegui tirar o "peso" que me incomodava.
  Moral da história: Em caso de diarreia inesperada, não ande pra trás, siga em frente.

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QUE BOSTA É ESSA ?

   Essa clássica história da minha seria melhor com ilustração, mas vamos la.
   Eu estava indo para o escritório super atrasado para uma viagem e minha esposa, que trabalha comigo, saiu mais cedo para arrumar as malas. Quando eu cheguei no escritório fui dar aquela mijadinha básica quando me deparo com algo aterrorizador.
   Liguei para minha esposa imediatamente e perguntei o que era aquilo. Ela me responde: não sei, a única pessoa que entrou no banheiro foi a filha de uma cliente e só.
   E SÓ?? A menina deveria ser filha de um Alien. 
   Eu voltei ao banheiro não acreditando no que eu tinha visto e estava ali, à minha frente, e era de verdade.
   Era um pedaço de bosta tão grande, mas tão grande, mas tão grande que a tampa da privada não baixava direito. Parecia que o cocô estava escondido na privada só me observando.
   Quanto eu levantei a tampa da privada eu não acreditei. Acho que não era um cocô, era a espinha dorsal da criança, só podia ser. Não era possível alguém fazer um cocô daquele tamanho, e todos já viram ou já fizerem cocôs grandes, mas em geral, por sabedoria ou por instinto, no ato em si a gente "picota" a bosta, a deixando em pedaços facilitando o fluxo de sua saída. Mas não, essa menina não devia ter musculatura no rabo, porque a bosta saiu inteira, e dura pra porra, porque quando eu fui puxar a descarga a tora não ia embora. Ela não fazia a curva, ela girava, girava, e girava, fazia que ia descer mas voltava com tudo, como naqueles brinquedos que tem uma caixa e quando abrimos aparece um palhaço com mola e fica pulando na nossa frente. O palhaço era a bosta.
   E pior, eu estava atrasado, e depois de apertar a descarga tinha que esperar aquela água encher a caixa da privada para tentar de novo. Não tinha esse tempo e para acelerar o processo peguei um copo e ia enchendo de água que eu pegava na pia.
   Uns 5 minutos depois eu puxei novamente a descarga e comecei a rezar, imaginando que como aquele ser já tinha sido umedecido na primeira tentativa, seria mais fácil sua evacuação do local (desculpem o trocadilho). Fui la, apertei, a água começa a girar, a bosta começa a se mexer, vira, vira, vira e... BOSTA, não adiantou, o cocô atômico voltava na velocidade da luz. Eu fiquei imaginando como aquilo poderia estar no corpo de alguém. Acho que quando a menina abria a boca daria para ver o pedaço do coco la dentro, porque não tinha lógica. Se o nosso intestino é tudo curvado, como um treco daquele podia surgir tão grande e duro daquele jeito???
   Liguei pra minha mulher xingando de tudo quanto é nome, onde já se viu deixar um monstrinho fazer outro monstrinho no nosso banheiro?
   Ai toca eu esperar encher de novo o reservatório da privada, ajudando novamente com o copo de água.
   Será que dessa vez da? Terceira tentativa, o cocô não ia resistir, estava surrado, cansado, nenhum ser resiste a vida toda.. MAS RESISTIU.. o fdp do monstro do lago Ness insistia em não fazer a curva do vaso sanitário, e minha  falta paciência me fez perder a razão.
   Fui na minha mesa e peguei uma tesoura. Sim, isso porque não achei um serrote. Ai em 1 segundo de lucidez parei e pensei. Cortar a bosta? Não tem lógica.. e não cometi esse ato ridículo, mas ao olhar aquele demônio negro na privada minha sensatez foi por água abaixo, no lugar da bosta.
   Eu não iria tentar a 4ª vez em vão, ai peguei aquele esfregão que ficava ao lado da privada e golpeei a bosta como se eu  fosse o Jack Estripador matando sua vítima. Mas eu dei tanto golpe, eu estava tão nervoso que nem o CSI iria reconhecer o corpo, ou melhor, o toroço. O que a menina não fez com a bunda eu fiz manualmente, picotei a bosta. Puxei a descarga e como haviam dezenas de pedaços, nem todos resolvem ir. Fiquei apavorado porque lembrei daquele filme GREMLINS, e achei que aqueles pedaços, em contato com a água, fossem se multiplicar. E depois que eu puxei a descarga aquela água maledeta que levava um século para encher não colaborava. Toca eu pegar mais água na pia.. e enfim, após mais 3 tentativas todo o que sobrou daquele ser foi-se.
  Eu estava tão eufórico que não tinha notado que eu havia jogado o esfregão no chão para poder encher o copo de água, e ao me deparar com aquela arma branca, ela não estava mais branca, estava negra (eeeca).   Sim, é essa cena que você está imaginando, acho que 30% daquele cocô do inferno estava encrostados  nas cerdas do esfregão. Meu Deus, o que eu vou fazer? Achei um saco de lixo, coloquei-o dentro, e ao sair do escritório joguei na primeira caçamba de entulho que eu vi. Precisava dar um fim na prova do crime.
   Cheguei em casa e minha esposa, após eu cotar a história, ria e ria e ria. Isso porque não foi com ela.
   Moral da história: Ao cagar, picote, e antes de deixar alguém usar seu banheiro, certifique-se que há um esfregão disponível.

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HISTÓRIAS DA MINHA AVÓ

Todo mundo tem umas história de avó pra contar, eu não sou diferente. Abaixo uma história engraçada e uma bem emotiva, pra mim é claro

HISTÓRIA 1: COMO VOCÊ TA LINDO...

Eu havia operado o joelho e na época era funcionário de uma empresa, que me deu 3 meses de dispensa para minha recuperação. 
Largado no sofá, barba mal feita, cabelo comprido, mais gordo que o normal, já que sem poder andar eu era um verdadeiro "come-dorme", estava sem fazer nada quando meu avô, que morava no litoral com minha avó veio nos visitar.
Ele viu que eu estava sem fazer nada e me convidou para passar uns dias na praia, e eu claro que aceitei, imagina, final de "férias forçadas" na casa dos avós, sendo paparicado, comendo do bom e do melhor, não pensei duas vezes.
Eu estava de muleta e com a perna toda engessada, e combinamos que meu avô pararia o carro 1 quadra antes da casa dele e eu iria fazer uma surpresa para ela
Meu avô chegou, como sempre, entrou em casa e uns 5 minutos depois eu apareci e resolvi pregar uma peça na minha velhota, rs
Coloquei um boné, toquei a campainha e com aquelas muletas e gesso na perna me fingi de mendigo.
Ela atendeu a porte e eu pedi um prato de comida, ela logo disse:
- Ai moço, acho que tenho alguma sobra ainda, espera um minuto.
Mudando um pouco o tom de voz, eu respondi
- Serve qualquer coisa, não tem problema

Alguns minutos depois ela vem com uma fruta, um pouco de arroz, um bife frio e me pediu desculpas, mas era a única coisa que ela tinha.

Nesse momento, meu avô morrendo de dar risada, veio até a porta e falou

- O Jandyra, você não está reconhecendo esse "moço" não?

Ela olha firme, eu tiro o boné, ela me pergunta:
- Você ja pediu esmola aqui outra vez é isso?
- Não Janda (ele a chamava assim), é seu neto, o Alexandre.

Ela me olha com um ar de espanto por não ter me reconhecido, abre um belo de um sorriso de diz
- Nossa, é verdade, que surpresa.. E como você esta tããoo bonito....
- Paaaaaaaaara vó, bonito? Me confundiu com um pedinte, huahauahuha

Fica a lição, não se pode mesmo confiar quando uma avó fala que você está bonito rsrsrs

HISTÓRIA 2: PUDIM DE CHORO

Minha avó já tinha uns 85 anos, acordou, fez compras, fez almoço, se sentiu mal e faleceu, como um passarinho.
No velório eu super emocionado, porque além de minha avó era minha madrinha, conversei com ela em pensamento e entre outras coisas eu lamentei que nunca mais ia comer o pudim de leite que ela fazia, O MELHOR PUDIM DO MUNDO e ela sabia que eu amava, tanto que quado eu a visitava era sagrado ela fazer o pudim pra mim. E nesse momento eu me emocionei ao lembrar que nunca mais haveria de receber esse "mimo"
Após o enterro, eu avô que morava no litoral, começou a refazer a vida, arrumar as coisas e uns 2 a 3 dias depois ele aparece la em casa.
Achamos estranho porque ele não havia comentado que iria "subir" e com um "embrulho" nas mãos me chamou e disse que era presente da minha avó pra mim.

 - Pra mim? Como assim? 

Ele me disse que quando ele chegou em casa e foi comer, ele abriu a geladeira e não acreditou no que viu, ela não era de fazer doce algum enquanto estava só os dois, mas naquele dia, no dia que ela faleceu, ela havia feito um pudim, O MELHOR PUDIM DO MUNDO, mas não falou nada para ele

Ele viu o pudim e na hora pensou: "ELA FEZ O PUDIM PARA O NETO, O ULTIMO PUDIM DA VIDA DELA"

E quando eu abri o "embrulho" realmente estava la, o melhor pudim do mundo, feito pela minha avó, o pudim que eu nunca mais iria comer na vida.

Comi cada pedaço com lágrimas nos olhos, comi devagar, não apenas degustando o pudim, e sim saboreando cada lembrança dos momentos que passei com minha avó.

Vó, essa é pra você, to com saudades do seu pudim, quando eu chegar por ai espero que a senhora faça um pra mim.  Te amo.

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CUIDADO COM AS BOLAS


Esse fato ocorreu em Villard de Lans, uma estação de esqui na França. O drama começou quando coloquei pela primeira vez na vida os esquis e não conseguia ficar de pé. Após um amigo me ensinar como me equilibrar e como fazer a curva e parar usando os esquis, sim, pq andar pra frente é fácil, o dificil é frear, tivemos que pegar o teleférico para subir ao topo da montanha e finalmente poder esquiar, algo que eu sempre tive vontade.
O equipamento de esqui é composto de uma par de esquis, roupas impermeáveis e bem quentes,  um par de bastão, luvas e de preferência óculos escuros.
No teleférico eu queria tirar fotos, claro, mas com as luvas e o bastão nas mãos ficou meio complicado. Então eu tirei uma das luvas e a segurei em baixo do braço, enquanto sacava as fotos e sem perceber abri demais o braço e a luva cai la de cima. O frio era enorme e era inviável eu esquiar sem luvas. Meu amigo que esquia muito bem, e estava do meu lado no teleférico, disse para eu não me preocupar que ele resgataria minha luva.
Fora a gafe tudo corria bem, até que eu percebi que o teleférico não parava para sairmos, tínhamos que literalmente saltar do banco onde estávamos sentando e sair esquiando, rapidamente, para que o próximo esquiador fizesse o mesmo, mas quem disse que eu sabia esquiar.
Estava com meu outro amigo no mesmo banco (teleférico de 3 pessoas) e que também não sabia esquiar.
Na hora H o que sabia contou, 1, 2 e 3, onde saltaríamos e liberaríamos o caminho para os demais, isso na teoria, porque na prática o que sabia esquiar "foi embora", e o que não sabia nos espatifamos no chão, e pior, não sabíamos mais como levantar.
Como o teleférico não para, os próximos esquiadores chegaram e tiveram que nos saltar, e quase criamos um desastre. Formos literalmente arrancados de la para que não causássemos mais desastre e eu não podia esquiar primeiro porque devido minha queda na neve minha mão, a que estava sem a luva, ficou congelada e eu não suportaria descer a montanha, com os inevitáveis tombos que eu ia levar, sem luvas.
Esperei meu amigo francês subir de volta e por minha sorte ele achou a luva que havia caído.
Desci, levando tombos e tudo mais, mmmmmmmmmmuito show, e resolvi esquiar de novo.
Meu amigo me acompanhou até para tentar me ajudar a descer melhor do teleférico, o outro nem sinal, devia estar se virando sozinho.
Não tirei foto, para evitar derrubar a luva de novo mas esqueci de segurar corretamente o bastão, ou seja, lá de cima a porcaria de um dos bastões cai, quase na cabeça de um cara que estava esquiando.
Meu amigo já p. da vida vira e me pergunta:
- VEJA SE VOCÊ ESTÁ COM AS DUAS BOLAS DO SACO POR FAVOR.
- MAS PORQUE ISSO? Indaguei eu, constrangido com palhaçada que fiz de ficar derrubando coisas.
- UÉ, PORQUE TUDO O QUE VOCÊ TEM 2, VOCÊ PERDE 1. MELHOR TOMAR CUIDADO COM AS BOLAS.

Fora a risada e o fato dele ter que procurar, e achou (ufa) o bastão, ele disse que não subiria mais comigo para eu aprender a fazer as coisas sozinho.

Terminei o dia feliz, sabendo mais ou menos como esquiar, e não perdi mais nada, cheguei com as duas luvas, os dois bastões e as duas bolas, graças a Deus.


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SEGUUURAAA PEÃÃÃOOOOOOO

Tem coisas que só acontecem comigo.
Estava num bar da Praça Vilaboim com um amigo meu e como sempre cerveja vai, cerveja vem, ir no banheiro nessas horas é algo inevitável.
Eu não sou muito fã de tecnologia, mas hoje está tudo de modernizando "para melhor".
Desde o pedido, que hoje é normal em vários bares, onde o garçom não tem mais aquele bloquinho de pedido, ele vem com uma maquineta e com uma caneta que nem tinta tem, anota o que queremos e o pedido vai direto para a cozinha, chique demais, até a tecnologia dentro dos banheiros, ai o bicho pega.
E neste bar específico eu não entro mais, ou melhor, não mijo mais.
Após algumasss cervejas, e como todos sabem, quando temos vontade de ir no banheiro depois de uma par de breja, o mijo é como comercial de filme da Globo na madrugada, o primeiro demora pra vir, mas quando vem depois é um atrás do outro. Ai fui no "toilette", toilete nada, vou no banheiro mesmo.
Primeiro sinal de evolução tecnológica no banheiro: a parta se abre sozinha, ao chegarmos perto. Ai a luz que tava apagada se acende automaticamente, que maravilha, será que Thomas Edson sabia que seu invento iria funcionar automaticamente num banheiro?
Mas me senti no aeroporto, só faltou a voz de fundo daquela mulher de telesexo: "senhores tomadores de cerveja, o próximo mictório estará disponível em 3 saculejadas do rapaz da frente, em caso de respingos dirija-se à torneira mais próxima e boa mijada".
Ai eu que sempre lavo a mão antes do ato em si fico procurando a torneira. Ou melhor, a torneira eu achei, só não sabia como abri-la.
- É no sensor - disse um moleque de 8 anos de idade.
Sensor do que? Do que ele está falando?
Ah, o sensor, pequenos orifícios logo abaixo do bocal da torneira que ao você conseguir colocar suas mão no exato local  que alguém estipulou mas não deixou um mapa para isso, a água milagrosamente aparece.
Fantástico, se eu não tivesse a péssima mania de lavar o rosto.
Porque já foi outro parto para eu achar o local exato do sensor do pote de sabão líquido. Ai coloquei um pouco do sabão, achei via GPS o local onde eu tinha que colocar as mãos para sair a água e pronto, fiz a cagada de lavar o rosto. Porque com os olhos fechados quem disse que eu conseguia por a mão de volta no mesmo lugar?
Pensei então: SOU UM GÊNIO, vou até a parede, pego um papel, limpo o rosto, volto na torneira e termino o serviço. Que papel?? QUE PAPEL? Quem foi o estúpido que achou que poderia tirar o papel do banheiro e por uma máquina de fabricar vento?
Como pelamordedeus o cara acha que vou lavar o rosto?
Limpei os olhos na camiseta, achei a porcaria do sensor com a camiseta toda melada, lavei o rosto, as mãos e fui secar as MÃOS, porque o rosto eu sequei na camiseta, que esqueci que tava com um pouco se sabão ainda e melei todo o rosto de novo, ai lavei de novo o rosto e sequei as mãos, de novo, e foda-se o rosto, vai ficar molhado mesmo, azar, quem mandou eu entrar no banheiro sem uma bula ou manual de instrução.
Só que neste momento eu já não estava mais aguentando de vontade de ir no banheiro, a sorte é que não havia entrado ninguém depois que o moleque saiu.
No banheiro, como todos sabem (as mulheres se não souberem perguntem aos seus amigos, maridos ou namorados), tem vários mictórios, eu tenho o costume de sempre ir no ultimo.
Não gosto da "casinha", porque sempre que saio da a impressão que alguém me olha e pensa "hummm, tava cagando hein?" E pego o ultimo porque se um inconveniente vier mijar do meu lado eu só tenho que aturar um, se eu pego o mictório do meio e vem 2 gordões mijar do meu lado sou esmagado com o bilau na mão e não é desse jeito que eu gostaria de passar meus últimos minutos de vida.
Abri o ziper, comecei o serviço e pombas, mijei muuuuuuuuuuuuuuuuuito, mijei tanto que a luz automática apagou. A porra do sensor estava direcionado para a porta e não para que mija. E nessa hora é automático que, por força dos músculos penianos, a urina cesse.
E a luz já era. Cade  Thomas Edson essas horas?
Como vocês podem imagina a cena, eu estava de pé, com o bichinho na mão, e tudo escuro, um breu, eu não via nada, nada, nada, nada.
Por instinto de sobrevivência levantei minha mão esquerda.
E nada, a luz não se acendeu. Nesse instante não me senti mais no aeroporto e me senti no roll do elevador do meu apartamento, que sempre apaga a luz porque até o elevador sair do 13º andar até o 4º, onde moro, a luz se apaga. Os caras que controlam o temporizador dessas luzes deve ter uma paciência dos quintos dos infernos, porque nunca vi apagar tudo tão rápido
Ai imaginei o que eu faço quando a luz do roll apaga, eu mexo as mãos, mas como no meu apartamento isso não funciona, e também não funcionou no banheiro, eu me mexo, algo natural, o sensor é de MOVIMENTO, vamos nos mexer.
Portanto eu estava com a mão no dito cujo, a outra levantada e eu me mexi, tipo, aquela rebolada básica, e.. e... NADA.
Nem sinal de luz no fim do túnel.
Só me restava mais uma coisas, dar uns passos para trás, tentar chegar mais perto da porta já que quanto eu entrei a bagaça funcionou perfeitamente.
E foi o que eu fiz, com a mão pra cima, me mexendo fui dando uns passos para trás até que a luz se acendesse, devagar, um passinho pra trás, nada ainda, mais um passinho, nada, até que OBAAAA, a Luz se acendeu.
Fiquei tão feliz, coisa boba eu sei, mas ver a luz e poder terminar de mijar me deu uma alegria tão grande que eu abri um sorriso enorme, até descobrir que quem havia acionado o sensor foi um senhor que entrou no banheiro naquele exato momento e me pegou de pau pra fora, com uma mão "nele", outra pra cima, quase que rebolando e ainda com um sorriso na cara.
Eu não tinha o que explicar.
Olhei pro cara e disse: 
-Pau nervoso o meu, nossa, difícil de domar. Nunca vi
O senhor sem entender nada olhou diretamente para o "menino", claro, por puro instinto de curiosidade, arregalou os olhos e soltou:
- Se eu tivesse um que me desse metade desse trabalho todo eu seria o cara mais feliz do mundo.

Eu coloquei o brinquedo para dentro da calça do jeito que tava, não quis nem lavar as mãos porque já sabia que ia me dar mal de novo, Sai, fui mijar na primeira árvore que tinha na rua e entrei em qualquer boteco para lar as mãos, naquele banheiro de boteco que a porta não fecha, que o sabão é uma mistura de vários sabonetes grudados, que o papel parece uma lixa e que a torneira fica gotejando e tem aquele vazamento que molha o tênis todo?
Foi nesse que fui e ai sim me senti feliz da vida, até ter que voltar para o bar que eu tava e passar pelo senhor, que a essa altura já estava na mesa contando pra todo mundo que havia passado e apontando pra mim como se eu fosse o ultimo peão de banheiro da face da terra.

Comi o que eu havia me proposto a comer, bebi bem menos, porque eu já sabia que o segundo mijo era iminente, e o constrangedor foi perceber que devido à tudo que tinha acontecido, ficou uma marca de urina na calça que naquele bar eu não poderia secar porque nem papel no banheiro tinha.

Fui embora e fica a dica, se você for no banheiro, a porta abrir sozinha, e a luz se acender automaticamente, vire as costas e vá embora. 


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PIERRÔ É A %#$@#
Como sempre alguns detalhes do meu dia a dia não são tão simples como eu gostaria.
Tudo começou quando resolvi desfilar na escola de samba Dragões da Real
Comprei a fantasia sem ao menos saber como ela era e como todo bom brasileiro, deixei para pega-la na agremiação aos 45 minutos do segundo tempo, ou seja, deixei pra ultima hora.
Para eu pegar a fantasia eu deveria estar na Marginal Tiete, na Vila Anastácio.
Como eu estava muito atrasado fui de moto. Pra que? Descobri que a Fantasia era muito maior do que minha motoleta que parece mais uma maquina de costura manual, de tão pequena que é.
Todo mundo olhou para mim como se perguntasse: COMO RAIOS VOCÊ VAI LEVAR A FANTASIA NESSA MOTO?
Eu, tentando disfarçar o caguamers que eu tava fazendo simulei um telefonema perguntando quando meu amigo iria chegar para buscar a fantasia.
- COMO VOCÊ NÃO VEM? VAI ME DEIXAR NA MÃO? COMO QUE VOU LEVAR A FANTASIA NA MOTO AGORA?
Esses foram meus dizeres simulados no telefone, em alto e bom tom, para que os demais não pensem que eu era louco de ir buscar uma fantasia enorme numa motocicleta de playmobil.
Fiquei imaginando como eu iria me sair dessa.
Disfarçadamente eu tirei minha moto "da muvuca", fiquei num canto escondido para pensar em como eu conseguiria por a fantasia na moto.
Para terem ideia, parte da fantasia era algo como se fosse uma grande ombreira que era colocada encaixando a cabeça no meio dela, ficando duas ombreiras enormes.
Esse "buraco" da fantasia, onde onde colocaríamos a cabeça, por uma graça divina coube exatamente no banco da minha moto, como se estivesse encaixada no lugar do passageiro da moto, mas ela era tão grande que eu não teria espaço para sentar no meu lugar.
O restante da fantasia eu enfiei nos espaços vazios dessa "ombreira" e amarrei tudo com uma corda para que ela não caísse da moto.
Mas a fantasia era realmente grande, quando fui tentar subir na moto não havia espaço para eu passar a perna para o outro lado, e como já sou flexível como uma barra de ferro, de calça jeans, tentei colocar a perna por cima da moto como se eu estivesse tentando sentar numa cela de cavalo.
Minha perna não subiu o suficiente e eu enfiei meu pé no meio da fantasia, que pendeu para o lado oposto de onde eu estava e com o peso vez a moto cair. Todos vieram, ou melhor, ouviram a moto cair e foram ao meu encontro, meu esconderijo foi descoberto.
Expliquei que o (suposto) cara que iria buscar a fantasia não apareceu e que eu precisa me virar com o que eu tinha.
Duas pessoas seguraram a moto, outra me ajudou a levantar e quando sentei na moto eu percebi que esta completamente em cima do tanque de combustível.
E não era tudo, ainda havia um saco com calças, sapatos e camisa que não coube na parte de trás da moto, que um outro cara a colocou em cima do pouco que sobrou do tanque, entre mim e o guidão da moto.
Mas o saco ficou tão alto que tapou minha visão, eu precisava olhar "de lado" para enxergar o caminho que eu tinha que seguir.
Resolvi arriscar dessa maneira mesmo, mas a moto estava estacionada de forma que eu deveria dar uma ré para sair do estacionamento. Mas eu não conseguia esticar a perna para dar impulso para trás, então fiquei preso na moto já que eu também não conseguia sair mais dela.
Tive que buzinar e pedir novamente ajuda para que alguém pudesse me empurrar para trás e assim eu poder sair.
Passando o vexame inicial, consegui engatar a primeira e entrei na marginal.
Eu não poderia ficar na marginal Tietê até por questões de segurança, entrei na primeira rua que eu vi e não tinha a menor ideia de onde eu estava.
E eu não podia parar a moto porque minhas penas não estavam exatamente no melhor local para eu trocar de marcha, eu estava mais à frente da embreagem e para troca-la teria que por as penas para trás.
Então comecei a andar até achar algum lugar que eu pudesse reconhecer.
Não reconheci porcaria nenhuma. Eram mais ou menos umas 9 da noite, parei num farol e com muito sacrifício consegui falar com 2 caras que estavam parados no farol, de carro.
Todos que passam por mim me olhavam como se eu fosse uma aberração, a sena deveria estar hilária, os caras, depois de rirem, claro, perguntaram o que eu queria.
CHEGAR NA LAPA, POR FAVOR (Sabia que a Vl Anastácio não estava longe da Lapa e de lá eu saberia ir embora).
Eles me explicaram e um deles perguntou qual era a escola que eu iria desfilar
- DRAGÕES DA REAL
- AH, VOCÊ É SÃO PAULINO?
- SOU SIM
- ENTÃO ESSA FANTASIA É DE PIERRÔ??

Não, é de Colombina, seu F &%$#@, isso foi o que pensei, mas não disse nada porque o farol abriu e eu teria que tentar engatar a marcha de novo.

Ai percebi que de tanto eu forcei a marcha a embreagem, que já estava com problemas, começou a me deixar na mão e a moto não saia do lugar.

Eu acelerava e era como se a embreagem continuasse apertada, e para eu sair do lugar eu teria que acelerar tudo o que eu podia e torcer para a embreagem destravar. Foi o que aconteceu, exatamente quando a moto praticamente empinou e eu quase caio para trás. Comecei a rezar para não parar em mais nenhum farol pra evitar esse problema.
Consegui engatar a segunda e a terceira marcha (até então eu só tinha ficado na primeira e segunda), fiquei por ai até perceber que meu pé não conseguia fazer o movimento para reduzir a marcha.
Sabe o que quer dizer? Que eu precisaria rezar para não ter subida até minha casa, se não a moto não ia conseguir subir.
E adivinha? TINHA.
Consegui me encontrar quando passei pela Rua Brigadeiro Gavião Peixoto e eu deveria subir a Pio XI para chegar em casa.
Arrisquei, peguei a máxima velocidade que eu pude (claro, passando por alguns faróis vermelhos) e no meio da Pio XI a moto começou a perder potência. E parecia velha comendo paçoca, só engasgava. Tive que sair para qualquer rua à direita e pegar um pouco de RETA para depois tentar terminar de subir a Pio XI.
Foi o que eu fiz, e depois de mais duas "saidinhas" para a direita cheguei no topo da Pio XI e rezando para o farol do cruzamento com a Cerro Corá estivesse aberto.
Ótimo, estava, pensei: pronto, daqui pra frente é fácil. Não era, bem no cruzamento da Pio XI com a Cerro Corá havia uma valeta.
Tinha uma valeta no meu caminho e como eu já estava olhando o caminho meio de lado, eu não vi
Passei a valeta com tudo e minha moto parecia o Touro Bandido tentando me jogar pra fora e não precisou nem de 8 segundos.
Toda a parafernalha subiu e desceu comigo ficando completamente solta porque o gênio aqui também não soube dar nós que segurassem tudo corretamente.
Mas o caminho estava tranquilo, pouca gente nas ruas, dali eu precisaria descer a São Gualter, pegar a Praça Panamericana, Passar a ponte da Cidade Universitária, Alvarenga, Raposo Tavares e HOME, praticamente uma reta só, sem subidas, sem nada, oba, "to em casa".
Ao me aproximar da praça Panamericana, a essa altura com dor nas costas, no braço, na bunda, nos cílios, no dedão do pé, em tudo eu pensei:
 - Putz, PRAÇA PANAMERICANA, SEXTA- FEIRA, sempre tem policial ai, imagina o policial me vendo assim, vai me multar, apreender a moto, to lascado
E eu na terceira marcha.
Quando fui fazer a curva da São Gualter para a Praça, mentalizei: Tomara que não tenha guarda, tomara que não tenha guarda, tomara que.. E TINHA.
2 carros de polícia por falta de um. A minha sorte é que havia um ônibus e eu desacelerei um pouco e como por milagre eu entrei na praça ao lado do ônibus, "me escondendo" assim dos policiais.
Baita carta de sorte sou eu, fiquei orgulhoso disso, até perceber que o farol do meio da praça fechou.
Fechou. E eu tive que parar. E eu não conseguia mais engatar a primeira marcha.
A estratégia era.
"Ale, acelera tudo, pouco antes do farol abrir você solta a embreagem e reza, mas reza para a embreagem destravar e você conseguir sair junto com o ônibus, para os policiais não te verem".

SUSPENSE.
O Farol para quem vinha da outra avenida amarelou.
Eu acelerei, o ônibus acelerou.
O farol abriu pra mim.
O ônibus foi, e eu, e eu, e eeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu.
E eu??? E eu fiquei, o ônibus foi, eu fiquei parado no meio da praça, na hora que o ônibus se deslocou os policiais ficaram de cara comigo.

Eu acelerando, olhei para eles, um semblante que acho que deve ter ultrapassado meu capacete, eles olharam pra mim com aquela cara de QUE PORRA É ESSA.
Eu acelerando com tudo, um dos guardas sai do carro, olha pra mim e.. e.. e minha embreagem resolveu soltar e a moto empinou, quase que eu levo um rola, o guarda olhou pra mim com uma cara de MEU DEUS. Eu segui em frente quase passando no sinal vermelho porque nessa hora eu perdi tanto tempo que o farol voltou a fechar, eu atravessei a ponte da Cidade Universitária e graças aos céus os policiais não vieram atrás de mim.

UFAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Agora era seguir em frente a Alvarenga, entrar na Raposo e HOME.

Não sei porque me deu medo de pegar a Raposo.
"Tem subida, tem farol e eu não vou poder passar no vermelho porque é perigoso, já sei, vou pela Eliseu de Almeida".

Uma reta só, não tem subida, pronto HOME.

Peguei a Eliseu. Aquela avenida tem mais buraco que perna de vedete.
Peguei tantas ondulações que o pior aconteceu. A Fantasia caiu da moto.

Parei a moto e fui caçar partes da fantasia no meio da rua.
10 minutos tentando descobrir se eu havia pego tudo, adivinha? Cade a corda? CADE A CORDA?

Deveria estar no pescoço do Tiradentes porque simplesmente sumiu.
Levei uns 20 minutos para tentar equilibrar tudo de novo de forma que eu achasse que a fantasia não ia cair de novo e eu percebi que eu não conseguia subir na moto de novo. Minhas pernas não conseguiam subir o suficiente para sentar na moto.
Tive que empurrar a moto até o meio fio, pegar uns tijolos, blocos, qualquer coisa que e achasse na rua para ficar mais alto e assim poder ir embora.
Como um malabarista do cirque du soleil ou por milagre mesmo na primeira eu consegui me encaixar.

Ai é aquela máxima. Acelera, reza, empina e torce para a fantasia não cair. NÃO CAIU, ufa de novo.

Estava a menos de 4 km de casa.
Fui em primeira, levei mais de meia hora para andar 40 km.
Como eu tava muito, mas muito devagar conseguia controlar o tempo para passar os faróis sempre que estavam verdes.

Faltando poucos metros para chegar em casa e no ultimo farol, eu estaria são e salvo.
Mas claro que não, o ultimo farol fechou.

Eu a uma quadra de casa, e rezando.
"tomara que não tenha ninguém conhecido" E TINHA.

Uns vizinhos me viram, mas por sorte não me reconheceram.
Descobri que eles não me reconheceram quando no dia seguinte eu fui falar com eles e eles vieram com uma história que viram na noite anterior eles viram um motoqueiro idiota levando uma fantasia na moto e ainda por cima quando abriu o farol ficou parado feito tonto e não andou....

CLARO QUE NÃO ANDEI, eles queriam o que, que eu acelerasse e empinasse com risco de cair tudo e eles presenciarem isso?

Nananinanão, esperei e tentei fazer a moto sair sem tranco dessa vez, mas por incrível que pareça a moto até que saiu dessa vez com pouco tranco.

E a ultima etapa: parar na frente do prédio para entrar. E claro que o portão não ia, por outro milagre, estar aberto justo aquela hora. NÃO TAVA.
Parei a moto para esperar o portão abrir e os porteiros, que já conhecem minha moto de longe, fizeram uma cara de policial: QUE PORRA É ESSA?

Para evitar muito mais vexame eu parei a moto, deixei a fantasia cair no chão, levei a moto na mão até minha garagem e voltei para pegar a fantasia e levar na mão até em casa.

No elevador entra uma mãe e um menino, eu já super cansado, e ele:
- TIO
- OI
- O QUE É ISSO?
- UMA FANTASIA
- DO QUE
- ESCOLA DE SAMBA
- AH LEGAL, VOCÊ VAI DESFILAR?
"não, vou trabalhar de bobo da corte no congresso nacional"
- VOU SIM
- E POR QUAL ESCOLA?
- DRAGÕES DA REAL
- VOCÊ É SÃO PAULINO?
" se o moleque perguntar se a fantasia é de Pierrô eu vou socar a boca dele e da mãe dele"
- SOU SIM
- AH LEGAL..

E ai abriu as portas para eu descer no 4º andar.

Cheguei em casa, dia seguinte eu ia desfilar, feliz e contente e tudo ia dar certo?
IA???

Saiba o que aconteceu no dia seguinte lendo a história ANDEI PRA CACETE. aqui do meu blog.

Boa noite que to agora to com sono..


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ANDEI PRA CACETE

Tudo começou quando eu resolvi desfilar pela Dragões da Real, e quando cheguei no Sambódromo, umas 2 da manhã (o desfile seria as 4:50) descobri que faltava parte da minha fantasia, quando resolvi questionar os responsáveis sobre o ocorrido, me pediram para ir no hotel HOLIDAY INN que ficava a 1 km de onde eu estava.

ANDEI PRA CACETE para chegar la, foi quando uma moça me falou que poderia trocar minha fantasia, mas eu tinha que pedir permissão para o chefe da ALA, que estava na concentração, 10 minutos do hotel andando
ANDEI PRA CACETE para achar o cara, demorei mais de uma hora até encontra-lo,  mas no fim achei e ele me deu autorização, mas eu teria que voltar ao hotel para trocar minha fantasia. Isso tudo eu estava fazendo vestido a fantasia que deveria estar certa.
ANDREI PRA CACETE para voltar ao hotel e tive que esperar todos os participantes daquela ALA terminarem de se trocar para ter a certeza que sobraria uma fantasia. Sobrou, eu estava com uma mochila, que a primeira fantasia a encobria. Essa que peguei não, então tive que deixar minha mochila com carteira, celulares etc numa sala reservada para a Dragões pq não era permitido o desfile com qq coisa aparecendo que não fosse a fantasia .
ANDEI PRA CACETE para voltar à concentração, onde a Dragões da Real ja estava perfilada
Começou o desfile, foi o máximo, a Dragões ficou em 4º lugar. No fim do desfile eu deixei a fantasia na dispersão e 
ANDREI PRA CACETE para poder sair de la e achar um local onde eu pudesse pegar um ônibus. Chegando la percebi que eu tinha esquecido a carteira no hotel.
ANDREI PRA CACETE para voltar ao hotel, que estava, naquele momento, ha uns 2 km de onde eu tinha ido. Achei minha mochila (uufaa), e
ANDEI PRA CACETE para voltar ao ponto, ja que eu não estava com muita grana para pegar um taxi.
Isso ja era algo em torno de 06:30 da manha. O ponto era na Avenida Bras Leme, e minha ideia seria  pegar qq ônibus  atravessa a ponte da Casa Verde e pegar o metro Barra Funda para chegar até a Estação Butantã, próximo onde moro. Do ponto à estação levaria uns 10 minutos NO MAXIMO. Era só atravessar a ponte, eu ja estava morto de cansaço. No meio da ponte resolvi piscar o olho e não sei que aconteceu no mundo que a piscadela durou 25 minutos. Quando acordei estava perdido, descobri que estava no final da avenida Rio Branco, indo em direção ao centro da cidade. Perguntei ao cobrador que me informou que esse ônibus passaria na rua da Consolação. Como de la tem ônibus pra minha casa, pensei que seria mais fácil eu ir até a Consolação e de la pegaria apenas mais uma condução. O fenômemo da piscadela aconteceu de novo, e dormi. Quando acordei eu ja estava virando na Dr Arnaldo indo em direção a sei la aonde. Desci do ônibus e 
ANDEI PRA CACETE para voltar até a Consolação e pegar o tal ônibus pra ir pra casa.
Como estava demorando demais e eu vi uma van escrita HOSPITAL DAS CLINICAS pensei que se eu o pegasse eu conseguiria entrar no Metro e rapidinho eu chegaria em casa.
Pensei comigo NÃO POSSO DORMIR,  NÃO POSSO DORMIR, NÃO PO... e quando eu acordei o ônibus passou do ponto onde eu deveria descer e foi parar na Avenida Heitor Penteado, cujo ponto final NÃO ERA NAS CLINICAS como eu pensava.
De la não tinha como eu pegar qq ônibus para casa. Resolvi tomar um café da manhã na padaria Leticia da Heitor pq a essa hora, quase 8 da manha, eu ja estava morrendo de fome. Ao terminar o café
ANDEI PRA CACETE e fui em direção ao Hospital das Clinicas "por dentro" para tentar cortar caminho, mas cai sem querer na Av Sumaré, e de la
ANDEI PRA CACETE até chegar na Cardeal Arco Verde, que com certeza eu conseguiria pegar qq porra de condução para chegar em casa
No ponto eu sabia que se eu pegasse um ônibus que iria pela Francisco Morato ou Raposo eu estaria são e salvo. Apareceu um ônibus que ia para o TABOÃ DA SERRA, via EXTRA TABOÃO, e como o Extra é no final da Francisco Morato, entrei no maledeto.
Bom, não vou dormir mais, aquela caminhada toda havia me despertado
No meio do caminho vi que o ônibus seguia para um lugar que eu não tinha a menor ideia de onde era, ao perguntar para o cobrador ele me disse que eles iriam ao Taboão mas por CAMPO LIMPO PAULISTA. Pronto, to fudido.,
Perguntei sobre o trajeto inteiro e ele passaria na Giovanii Gronchi até o terminal João Dias, la iria por dentro e finalizaria no Taboão. Resolvi descer na Giovanni e 
ANDREI PRA CACETE até o estadio do Morumbi, que de la eu estaria a "apenas" 4 km de casa. Não aguentava mais andar, então pela ultima vez resolvi pegar SÓ MAIS UM ônibus.
Num ponto estava uma senhora, uns 80 anos, perguntei se ela sabia se havia alguma condução para ir até o MAKRO DA ELISEU DE ALMEIDA, umas 3 quadras de casa.
Ela me explicou que havia apenas um, exatamente o que ela ia pegar. Isso ja era mais ou menos umas 9 e meia da manha de domingo. O ônibus não passava e a senhora resolveu falar comigo da vida dela, dos filhos, do moribundo do falecido do marido dela e de tudo o que eu não tava nem a fim de escutar, uns 30 min depois e a vida dela inteira na minha cabeça uma lotação passa. 
Entro eu e ela, a van vazia, destino final OSASCO, não tinha ninguém la e ela sentou, resolvi ficar de pé, não podia sequer pensar em dormir. E ela não parava de falar, para finalizar eu passei a catraca e ela de la da frente resolveu falar comigo, e eu la atras.
Chegando próximo ao meu ponto, por educação (ou por burrice mesmo) eu resolvi dar tchau para ela, "agradecer" o papo, afinal, desde que eu parei de desfilar foi graças a ela o único ônibus certo que eu paguei.
Ela toda educada me disse, FILHO, VAI COM DEUS.
E eu, todo religioso que sou, respondi: A SENHORA TAMBÉM.
Não sei o que deu naquela velha. Ela levantou meio brava e disse:
- FILHO, NUNCA DIGA,A SENHORA TB.. NA MINHA IDADE IR COM DEUS É SINAL DE MORTE, DA ULTIMA VEZ QUE ALGUÉM FALOU "VAI COM DEUS" PARA MEU MARIDO ELE MORREU, VC NÃO FREQUENTA A IGREJA NÃO?
VC EM QUE RESPONDER "AMEM", EU FALO, VAI COM DEUS, VC RESPONDE "AMEM? ENTENDEU? ENDENTEU?
Não, eu não estava entendendo nada, nada nada.. nada... EU NÃO ESTAVA ENTENDENDO NADA....
Ai ela me fez repetir
FILHO VAI COM DEUS
E eu AMEM, AMEM, AMEM..
- ISSO, AGORA TA CERTO, VAI COM DEUS e se sentou e eu AMEM, e qdo percebi o meu ponto ja tinha passado, o próximo era a 5 quadras dali.
ANDEI PRA CACETE para voltar tudo e subir até em casa, pra ajudar o condomínio onde moro tem 7 torres, eu moro na ultima então mesmo dentro do condomínio, 
ANDEI PRA CACETE para poder chegar em casa, as 11:00 da manha.

ônibus  5 horas e uns 10 km depois eu cheguei em casa, morto, exausto, pés doendo, dor em tudo qto é lugar do corpo pq desfilar não é fácil, olhei pro meu estado, tomei um pelo de um banho, olhei pra cama e
DORMI PRA CACETE, AMÉM.


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MINHA AVÓ MORREU???
Esses dias eu estava meio perdido no bairro de Moema e precisava chegar numa determinada rua que eu nao sabia o nome, mas lembrava que havia o Hospital Jaragua. Parei na rua e perguntei para duas senhoras onde ficava o tal Hospital. Ela me perguntou aonde eu ia exatamente, como nao tava a fim de dar muitas explicaçoes falei que ia no Hospital mesmo. Ela insistiu "MAS ONDE EXATAMENTE O SR VAI?"
Meio injuriado eu respondi, para nao esticar o assunto "VOU VISITAR UM PARENTE LA, PORQUE"
"PORQUE ESSE HOSPITAL NAO EXISTE MAIS LA, JA FAZ MAIS DE 2 ANOS QUE FOI DEMOLIDO E HOJE É UM PREDIO, ENTAO O SR NAO DEVE ESTAR INDO PRA LA" e fez uma cara de "te peguei, vc esta mentindo"
Eu, com minha imaginaçao fertil demais olhei com cara de espanto e disse
"PUTA MERDA, ENTAO ACHO QUE MINHA AVÓ MORREU"
Fora os xingos e palavras como ABSURDO, LOUCO, DESNATURADO, elas nao me explicaram como eu chegava la e continuei perdido.

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ADALTO, ADALTO....
Essa é meio antiga mas ja que comecei com isso, vou continuar: Fui numa empresa com minha moto e tava chovendo, portanto eu estava com aquela roupa ridicula impermeável. Como sempre estava morrendo de pressa. A recepcionista, achando que eu era o motoboy da empresa (só podia ser) quase nem olhou na minha cara qdo me perguntou eu ia.
EU = "GOSTARIA DE VALAR COM sra fulana de tal"
A VACA DA RECEPCIONISTA = "QUAL SEU NOME?"
EU = "ALEXANDRE"
A VACA = "DA ONDE?"
EU " DA ALTO ASTRAL"
VACA = "OK, JA VOU TE ANUNCIAR".

Meia hora depois e nada, minha cliente nao aparecia, fiquei meio puto, e fui falar com ela
EU = "DESCULPE, MAS TO A MEIA HORA AQUI, QUERIA SABER QUE HORAS A PESSOA PODERÁ ME ATENDER, NAO POSSO FICAR MUITO MAIS TEMPO, É SÓ ENTREGAR UM DOCUMENTO"
A VACA = "VOU VER O QUE HOUVE"
Ela ligou nao sei pra quem e mais uns 15 minutos aparece a secretaria da minha cliente, que eu conhecia, e disse
SECRETARIA = "UÉ ALEXANDRE, O QUE VC TA FAZENDO AQUI"
EU = "UÉ FALO EU, VIM ENTREGAR A PASSAGEM da fulana de tal E TO A QUASE UMA HORA AQUI MAS ESSA SENHORITA (me referindo àquela mulher de teta com o fonezinho tipo "AMIL BOA TARDE") disse que ja me anunciou mas vc nao veio me atender.
SECRETARIA = "NAO ALE, A UNICA PESSOA QUE FOI ANUNCIADA FOI UM TAL DE SR ADALTO".
EU = "ADALTO?? MAS SÓ TEM EU AQUI"
A Secretaria se dirigiu à mamifera lactea e perguntou pra ela quem era ADALTO.
A MULHER QUE FAZ AMOR POR DINHEIRO = "ESSE SENHOR AI" e apontou pra mim.
EU = "EU, ADALTO, DESCULPE MAS DE ONDE VC TIROU ISSO, O MEU NOME É ALEXANDRE"
A FULAINHA DO BAIXO MERETRICIO = "NAO SENHOR, O SENHOR FOI CLARO, FALOU QUE ERA ADALTO".
EU = "MEU DEUS", caiu a ficha, "SOU ALEXANDRE DA ALTO ASTRAL, DA ALTO E NAO ADALTO, DA ALTO...

E por causa dessa fulana que tinge o cerebro com agua de salsicha eu fiquei uma hora sentado, coisa que poderia ter durado 10 min, só pq eu tava com roupa de motoboy e com cara de ADALTO, ADALTO AUSTRAUS, acho que ela pensou que eu era um alemão vendedor de chucrutis.. só pode ser.