domingo, 6 de abril de 2014

Coisas que só acontecem comigo: MACACADA

MACACADA

Esta história é simples, estou escrevendo mais porque meus amigos Antonio e Caroline não a conheciam, eu contei para eles e eles falaram: nossa, essa história você nunca contou.
Estive no Ariau Amazon Tower, hotel de Selva, na Amazônia.
Neste hotel existem passarelas que ficam na altura do leito do rio e uma na altura do topo das árvores.
Existem placas nos quartos e outras dependências do hotel que diz: " CUIDADO COM OS MACACOS, ELES FAZEM MAIS ESTRAGOS QUE ELEFANTES".
O que ocorre é que os símios citados não tem respeito nenhum pelo ser humano.
Naquele lugar deveria ter alguma entidade protetora dos homens e punissem esses mal elementos.
Um deles era conhecido como SUNDONW, porque ele pegava os protetores solares do povo que estava na piscina e sumiam com ele, ou com qualquer outra coisa que estivesse dando sopa por ai.
Como uma das passarelas ficavam na altura do topo das árvores era fácil avistar várias espécies de pássaros, bichos preguiças e vários, mas vários macacos saltitantes por ai.
E alguns perderam o medo de nós, seres inocentemente humanos.
E claro, como qualquer turista, o legal era conseguir chegar perto de uns dos animais e tirar foto, filmar etc e porque que eu ia ser diferente.
Chegava um macaco perto e eu queria pega-lo e os funcionários já alertavam.

- Senhor, não chegue perto desses animais, eles são traiçoeiros.

Mas o que um macaquinho poderia fazer de mal?
Depois de eu pegar vários no colo, descobri o que os experts queriam dizer

Um deles estendeu a mão como se quisesse me cumprimentar, e claro, cedi à tentação e dei a mão para ele.
Ele segurou na minha mão, subiu pelo meu braço e ficou no meu pescoço.

- OLHA OLHA, QUE LEGAL, ALGUÉM TIRA UMA FOTO.

Enquanto alguém foi buscar uma máquina um dos funcionários chegou e disse.

- Senhor, procure não fazer movimentos bruscos.
- Porque?? Perguntou aqui no turista imbecil.
- Esse macaco gruda nos turistas e não solta mais.
- Como assim? E com apenas um "certo" receio, tentei tira-lo de cima de mim.

Nesse momento ele enlaça o rabo no meu pescoço e gruda suas mãos no meu cabelo.

- Vixe, ferrou - disse o funcionário.

Peguei o rabo dele tentei tira-lo, mas quanto mais eu tentava mais ele apertava, chegando a me sufocar.

- Senhor, não faça isso, ele vai ficar nervoso e vai apertar cada vez mais seu pescoço.

Logo soltei, tentei me abaixar mas ai ele puxou meu cabelo. Parecia que ele queria me guiar, eu era seu cavalinho de estimação.

- O que eu faço agora??? Disse já "um pouco" apavorado.
- Fique calmo, sente-se nessa cadeira - haviam pequenos bancos de madeira espalhado pelas passarelas - ele vai perceber que ficou sem graça "brincar" ai no seu pescoço e vai embora.

Não funcionou, ao sentar ele ficou irritado e começou a gritar e puxar meu cabelo com força.

- Levanta, levanta, levanta - gritou o funcionário

Não precisava ter pedido, o macaco puxou tanto meu cabelo que levantei na hora.

- O que eu faço?
- Da próxima vez não chegue perto deles
- EU SEI CARAIO, QUERO SABER O QUE FAZER AGORA..
- Fique calmo, se não vai irritar o macaco

IRRITAR O MACACO???

Não ouvi ninguém falando para O MACACO parar com isso porque iria IRRITAR O SER HUMANO.
Esse protecionismo exagerado é que estava me irritando.

- Faça o seguinte, ande devagar, vamos até a piscina.
- Fazer o que la?
- Eles não gostam de água
- Mas então é só jogar água nele
- Não funciona, ele vai se molhar, não vai soltar e vai apertar mais seu pescoço
- Ok ok, onde é a piscina?

A piscina referida era pequena, como se fosse uma grande banheira de fibra de vidro que ficava ali mesmo nas passarelas.
Fui até la, devagar mas ao ver a piscina o gorila ficou agitado.
Sim, gorila, porque naquela altura ele me parecia um monstro.
Comecei a andar mais devagar seguindo as instruções do funcionário.
Como lá era muito quente, andávamos de chileno e bermuda.
Tirei o chinelo e entrei com bermuda e tudo na piscina.

- Vá abaixando devagar até cobrir sua cabeça e com isso tente "afundar" o macaco.

A medida que eu ia descendo ele ia apertando o rabo no meu pescoço e puxando meus cabelos.

Fui alertado a não ir rápido demais porque o filho da p... poderia me machucar.
Ele já me machucou, eu estava com o ego ferido. Ser dominado por um "bichinho" não estava nos meus planos.

Fui abaixando, molhei o forevis, e afundei.
O bicho saiu num pinote e começou a gritar, mas como se estivesse rindo, um sádico ainda por cima.

Não preciso falar que virei a piada do hotel, claro.
Eu passava e alguém gritava: cuidado do com macaco.
Fui tomar banho, claro e ao sair o dito cujo está la fora ainda, me olhando.
E não é que o desgraçado me estendeu a mão de novo.
Fiz aquele sinal característico de quem está com raiva, nunca mais cheguei perto daquele desgraçado.
Ficou uma lição: Nunca estenda a mão para um traiçoeiro, você pode acabar afundando.
Segue a única foto que tenho, mas já da para explicar o que eu quis dizer.


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